Panorama internacional

Polônia corre risco de sair da UE, diz ex-chefe do Conselho Europeu

O ex-chefe do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que a Polônia pode sair da União Europeia (UE) caso o atual partido no poder, Direito e Justiça (PiS, na sigla em polônes), vença as próximas eleições.
Sputnik
Segundo as pesquisas eleitorais mais recentes, o PiS está em vantagem para se manter no governo na corrida eleitoral do dia 15 de outubro. Em mensagem no seu perfil do X (antigo Twitter), o atual líder da oposição afirmou:

"Em 15 de outubro, ou vamos tirar o PiS, ou o PiS vai nos tirar da União Europeia", disse Tusk.

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Governo polônes cria atritos dentro da UE

Recentemente, a Polônia chamou atenção de outros países do bloco por decisões polêmicas que contrariam pactos da União Europeia. O país, junto da Hungria e Eslováquia, decidiu proibir a entrada de grãos ucranianos em suas fronteiras como uma maneira de proteger seus agricultores.

"Não vamos escutar Berlim, não vamos escutar Bruxelas [...]", disse o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, sobre a extensão do embargo.

O PiS, que também tem como ponto central de seu governo o controle da imigração, entrou em desentendimentos com os governos da Eslováquia e da Alemanha sobre o controle de suas fronteiras. Atualmente a Polônia faz parte do chamado espaço Schengen, que permite o livre trânsito de pessoas na maioria dos países da UE.
A Polônia estabeleceu pontos de controle em sua fronteira com a Eslováquia como forma de impedir a entrada de imigrantes ilegais. "Instruí o ministro do Interior a introduzir controles... em micro-ônibus, vans, carros, ônibus onde há suspeita de que haja imigrantes ilegais lá", disse Morawiecki em um evento de campanha.
Morawiecki também rebateu o chanceler alemão, Olaf Scholz, que, no último sábado (23), pediu esclarecimentos ao governo polônes sobre alegações de um esquema de corrupção dentro do Ministério das Relações Exteriores polônes, onde autoridades estariam vendendo vistos de imigração.

"Seria melhor informar-se sobre a situação real e não interferir nos assuntos poloneses", rebateu Morawiecki.

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