Panorama internacional

Ucrânia pede mísseis de cruzeiro para bombardeiros, mas 'é improvável' que Washington os forneça

Kiev pediu aos países ocidentais mísseis de cruzeiro de longo alcance, geralmente lançados de bombardeiros estratégicos, mas é improvável que Kiev os possa obter, escreve a revista Economist.
Sputnik
A publicação cita uma fonte no Estado-Maior General das Forças Armadas ucranianas, que disse que Kiev quer ter à sua disposição "análogos dos mísseis de cruzeiro russos Kalibr e Kh-101", observando que, devido à sua velocidade e manobrabilidade, esses mísseis são muito difíceis de interceptar.
O míssil de cruzeiro de longo alcance russo Kh-101 possui um alcance de aproximadamente 5.500 km. No Ocidente, de onde a Ucrânia recebe assistência militar, um análogo do Kh-101 pode ser o míssil de cruzeiro de longo alcance americano AGM-86 e suas variantes.

Tais armas são lançadas apenas a partir de bombardeiros estratégicos B-52. É óbvio que Washington não pode fornecer a Kiev estas aeronaves de classe estratégica, afirma a publicação.

Outro análogo é o míssil de cruzeiro AMG-129, mas ele só pode ser lançado também dos B-52. Segundo a imprensa ocidental, o AMG foi retirado de serviço e, muito provavelmente, todos esses mísseis já foram usados.
Resta o análogo subsônico e de longo alcance americano BGM-109 Tomahawk. O míssil é disparado pelo sistema de lançamento vertical Mk 41 em navios ou pelo sistema de defesa de mísseis balísticos americano Aegis Ashore.
É igualmente improvável que Washington queira entregar esses sistemas de armas à Ucrânia. Além disso, os Tomahawk são lançados a partir de submarinos nucleares, que Kiev também não possui.
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