Panorama internacional

Com menor participação do dólar e do euro, comércio Rússia-China está perto de bater recorde em 2023

Dados alfandegários mostram que o volume de negócios entre Moscou e Pequim nos meses de janeiro a agosto já ultrapassou os US$ 155 bilhões.
Sputnik
O comércio entre a Rússia e a China manteve o seu forte impulso desde que atingiu níveis recordes em 2022, com as exportações e importações a registarem um crescimento robusto desde o início deste ano, de acordo com a atualização desta semana do Serviço de Alfândegas russo.
Segundo o canal da entidade no Telegram, o comércio entre os dois países aumentou 25% de janeiro a agosto em relação ao mesmo período do ano passado. Dados da agência aduaneira da China mostraram anteriormente que o volume de negócios atingiu a marca de US$ 155,1 bilhões (cerca de R$ 765,5 bilhões) durante esse período.
A autoridade aduaneira russa afirmou que Moscou e Pequim continuarão a simplificar as formalidades aduaneiras para impulsionar ainda mais o comércio, observando "um interesse especial em organizar a operação permanente diária de um dos principais centros de transporte — a fronteira automóvel Zabaikalsk-Manzhouli, ponto de controle de travessia, bem como da travessia rodoviária Pogranichny-Suifenhe".
A Rússia fornece à China principalmente produtos energéticos, como petróleo e gás, bem como produtos refinados, produtos agroalimentares e industriais. A China exporta quase todos os tipos de bens, incluindo alimentos, equipamentos, celulares e smartphones, eletrônicos, produtos de engenharia, mobiliário, brinquedos, têxteis, vestuário e calçado.
Durante o ano anterior, o comércio entre a Rússia e a China atingiu o máximo histórico de US$ 190,3 bilhões (cerca de R$ 937,8 bilhões). As duas nações estão agora preparadas para ultrapassar a meta de US$ 200 bilhões (aproximadamente R$ 987,1 bilhões) para este ano e acreditam que podem atingir um valor anual de US$ 250 bilhões (mais de R$ 1,2 trilhão) no comércio, afirmando que a meta é "absolutamente realista".
O fortalecimento dos laços econômicos entre a Rússia e a China foi estimulado pelo seu compromisso conjunto de realizar uma parte significativa das transações utilizando as respectivas moedas nacionais, em vez de depender do dólar americano. Moscou e Pequim intensificaram seus esforços para diminuir a sua dependência do dólar e do euro no comércio global, especialmente à luz das sanções ocidentais impostas à Rússia e da disputa comercial em curso entre os EUA e a China.
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