Panorama internacional

Zakharova: Von der Leyen mentiu ao culpar Rússia por bomba nuclear disparada pelos EUA em Hiroshima

Presidente da Comissão Europeia insinuou uma falsa participação da Rússia no bombardeio atômico perpetrado pelos Estados Unidos contra cidades japonesas pacíficas em agosto de 1945, quando 220 mil pessoas morreram imediatamente nas explosões. Outras 200 mil faleceram em seguida devido à exposição a doses letais de radiação.
Sputnik
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mentiu quando culpou a Rússia pela tragédia de Hiroshima.
Nesta quinta-feira (21), em seu canal no Telegram, Zakharova disse que Von der Leyen adulterou fatos históricos comprovados durante a entrega de prêmios do Atlantic Council, um think tank dos Estados Unidos dedicado a análises geopolíticas enviesadas em prol deste país.
Zakharova destacou que essa organização "é especializada em gerar conteúdo russofóbico e anti-Rússia".

"Um dos laureados deste ano é o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Von der Leyen fez um discurso muito interessante. Ela elogiou o chefe do governo japonês por apoiar o governo de Kiev e por lutar contra a Rússia. Ele, por sua vez, lembrou que sua família veio de Hiroshima, e, durante o bombardeio nuclear de 1945, seus parentes morreram lá. Sobre os EUA e os algozes de Washington, que lançaram bombas sobre as florestas japonesas e a população civil, sequer uma palavra", observou Zakharova.

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A representante oficial do MRE russo acrescentou que a principal figura "dos maiores escândalos de corrupção da história da União Europeia foi mais longe e atribuiu a tragédia de Hiroshima à Rússia".
Em seguida, ela destacou uma parte do discurso de Von der Leyen.

"Aqui estão suas palavras, literalmente: 'Muitos de seus parentes morreram quando a bomba atômica arrasou Hiroshima. Eles queriam ouvir essas histórias, olhar para o passado e aprender algo sobre o futuro. A Rússia está ameaçando usar armas nucleares novamente. É nojento, é perigoso e, na sombra [do contexto] de Hiroshima, é imperdoável'."

Zakharova, por sua vez, retrucou, usando palavras da mesma frase final da autoridade europeia para colocar sob questionamento o que Von der Leyen insinuou.

"É nojento e perigoso como Ursula von der Leyen mente."

Em agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Cerca de 220 mil pessoas morreram diretamente nas explosões das duas bombas, e mais de 200 mil morreram devido à exposição a doses letais de radiação. A grande maioria das vítimas eram civis.
Segundo vários especialistas, do ponto de vista militar, o bombardeio de duas pacíficas cidades japonesas não era explicável, porque a vitória sobre o Japão foi assegurada principalmente pela derrota do Exército de Guangdong, com 1 milhão de homens, pelas tropas soviéticas.
Acredita-se que, ao bombardear cidades pacíficas, os Estados Unidos perseguiram, em primeiro lugar, objetivos políticos: demonstrar o seu poder, considerando as armas atômicas o principal meio de intimidar as pessoas e garantir a superioridade estratégica.
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