Panorama internacional

Coreia do Norte anuncia lançamento falho de satélite espião, Coreia do Sul e Japão condenam

Pyongyang fez uma segunda tentativa de lançamento de um satélite para rastrear os movimentos militares dos EUA e da Coreia do Sul, e a próxima foi anunciada para outubro.
Sputnik
A segunda tentativa da Coreia do Norte de colocar um satélite espião em órbita fracassou na quinta-feira (24), depois que o foguete portador teve um problema em seu terceiro estágio, informou a agência norte-coreana KCNA.
"Os voos do primeiro e segundo estágios do foguete foram normais, mas o lançamento falhou devido a um erro no sistema de detonação de emergência durante o voo do terceiro estágio", disse a KCNA sobre o lançamento, que ocorreu antes da madrugada.
A primeira tentativa em maio de colocar em órbita um satélite espião para rastrear os movimentos das tropas dos EUA e da Coreia do Sul também fracassou quando o novo foguete Chollima-1 caiu no mar.
De acordo com a KCNA, a causa do acidente foi um novo sistema de motor e combustível instável e não confiável. Ao mesmo tempo, a mídia norte-coreana deu a entender que houve progresso desde o lançamento falho de maio, opinou Ankit Panda, do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, sediado nos EUA, à Reuters.
As autoridades espaciais da Coreia do Norte prometeram tentar novamente em outubro.
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Os militares da Coreia do Sul disseram que rastrearam o voo a partir de seu lançamento no Campo de Lançamento de Satélites Sohae do Norte, que encontraram partes do satélite e que ele não parecia ter capacidades militares.
O lançamento de um míssil provocou um alerta de emergência no Japão pouco antes das 04h00 locais (16h00, no horário de Brasília, dia anterior), avisando os residentes da prefeitura de Okinawa, no extremo sul do país, para se protegerem. Vinte minutos depois, o governo japonês comunicou que o míssil passou e retirou o aviso de emergência.
Hirokazu Matsuno, secretário-chefe do gabinete japonês, condenou em uma coletiva de imprensa os repetidos lançamentos de mísseis como uma ameaça à segurança regional, tal como Seul, e que partes do foguete caíram no mar Amarelo, no mar da China Oriental e no oceano Pacífico.
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