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PF encontra ordem de Bolsonaro para disparo de fake news e o intima a depor; órgão negocia delações

A PF encontrou rastros de que o ex-presidente pedia a aliados para disseminarem fake news e trabalha com a grande chance de servidores do Ministério da Justiça e da Polícia Rodoviária Federal realizarem delação premiada.
Sputnik
Em meio às investigações da Polícia Federal de diferentes inquéritos sobre o governo Bolsonaro, a PF encontrou – no âmbito da apuração que mira a suposta pregação de um golpe de Estado por parte de alguns empresários – uma mensagem no celular do empresário Meyer Nigri um pedido do ex-presidente, Jair Bolsonaro, para que fake news fosse disparada.
De acordo com o G1, em mensagens enviadas pelo contato "PR Bolsonaro 8", que seria de um dos números do ex-presidente, traz ataques a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), como também fake news sobre urnas, pesquisas e, por fim, a ordem: "Repasse ao máximo", destacada com caixa alta.
Após a ordem para disparar a fake news e os ataques a Barroso e outros ministros do STF e do TSE não nominados, Bolsonaro recebe uma resposta de Nigri. "Já repassei para vários grupos!". Ao se despedir do agora ex-presidente, o empresário envia "abraços de Veneza".
Com essas evidências, a Polícia Federal decidiu intimar hoje (22) o ex-presidente a prestar depoimento. De acordo com o G1, possivelmente a data do depoimento será no dia 31 desse mês. No entanto, a defesa do ex-presidente quer ter acesso aos autos da investigação antes de ele ser ouvido.
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Na última segunda-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes determinou que dois empresários permanecessem sob investigação: Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan por fazerem parte de um grupo renomado de empresários que teriam ajudado a espalhar fake news, segundo a mídia.
Ainda na mesma investigação sobre a suposta tentativa de golpe, a qual resultou na CPI do 8 de janeiro, cada vez que a PF realiza uma operação como parte dos inquéritos relacionados à CPI, pipocam boatos de que os alvos farão delação premiada e poderão incriminar Jair Bolsonaro.
Essas delações não se confirmaram, mas fontes da PF confirmaram à mídia que estão avançando rápido nas negociações com um grupo específico de alvos: servidores do Ministério da Justiça e da Polícia Rodoviária Federal envolvidos nas operações que a corporação realizou no dia do segundo turno das eleições de 2022, de acordo com a coluna de Malu Gaspar em O Globo.
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Segundo investigadores, falta pouco para a assinatura de pelo menos três acordos que vão ajudar a desvendar até onde se estendeu a cadeia de comando da operação que realizou bloqueios nas estradas do Nordeste, em especial da Bahia, com a finalidade de prejudicar a movimentação de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno, escreve a mídia.
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