Panorama internacional

'Incerteza política': oposição vence eleições parlamentares na Espanha, mas sem maioria absoluta

Após 100% dos votos apurados, o Partido Popular (PP), principal partido de oposição espanhola, ganhou as eleições parlamentares na Espanha realizadas no domingo (23), segundo dados do governo.
Sputnik
Conforme os últimos dados oficiais, o Partido Popular, liderado por Alberto Núñez Feijóo, recebe 136 assentos no parlamento, enquanto o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, terá 122 deputados. O partido de ultra-direita VOX terá 33 lugares, e a coalizão de esquerda Somar conseguiu 31 assentos.
Com o bom resultado do PSOE, o premiê Sánchez acredita que os partidos de direita do país sofreram uma derrota nestas eleições parlamentares: "A Espanha foi bem clara. O bloco que promove o retrocesso fracassou. Os que promovem o machismo e o retrocesso dos direitos humanos fracassaram. Somos mais os que querem que a Espanha avance", afirmou o político da sede do PSOE, agradecendo os eleitores pela participação da votação.

O líder do Partido Popular, Feijóo, por sua parte, informou sobre a intenção de formar governo: "Como candidato com mais apoio, encarrego-me de iniciar o diálogo para formar o governo, de acordo com a vontade maioritária dos espanhóis. Peço expressamente ao PSOE e às restantes forças políticas que não bloqueiem o governo da Espanha uma vez mais".

Avaliando os resultados das eleições no país europeu, o Financial Times afirma que a Espanha "mergulhou em uma incerteza política após o impasse eleitoral", já que nem a direita, nem a esquerda, conseguiram assegurar um caminho sólido para formação do governo, apesar de o PP ter ganhado a maioria no parlamento.
Segundo os autores do artigo, esse impasse pode levar semanas ou até meses de negociações difíceis para a formação de uma coalizão ou resultar em novas eleições, como aconteceu em 2015-2016 e 2019, quando foi impossível formar uma coalizão.
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez marcou as eleições gerais antecipadas para 23 de julho depois que, nas eleições locais, o seu partido PSOE e o menor parceiro de coalizão, o Podemos, mostraram resultados piores do que era esperado, ao perderem para o Partido Popular na maioria das comunidades autônomas do país.
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