Panorama internacional

Pesquisa soa alerta: EUA estão atrás da China em 12 tecnologias críticas, distância segue aumentando

De acordo com a uma pesquisa da empresa Govini, o país norte-americano viu sua taxa de patentes estagnar nos últimos anos, enquanto a da China cresceu.
Sputnik
O rápido crescimento tecnológico da China representa uma ameaça para a base industrial de defesa dos EUA, revela um relatório da empresa de análise de dados Govini publicado na segunda-feira (18).
O relatório detalha gastos de quase US$ 200 bilhões (R$ 961,74 bilhões) do governo dos EUA no ano fiscal de 2022 com tecnologias essenciais, mas adverte que a China segue ultrapassando o país norte-americano.
A Govini constata que em 2022, em cada subsegmento de tecnologia crítica, a China ultrapassou os EUA em patentes concedidas. Além disso, desde 2018, o número total de patentes da China tem aumentado constantemente e agora está em sua taxa mais alta. Enquanto isso, a taxa de patentes dos EUA em todos os subsegmentos de tecnologia essencial, com exceção da modernização nuclear, vem diminuindo nos últimos anos, refere.
"As patentes são um dos principais indicadores do domínio tecnológico no futuro. [As patentes] são a semente para fazer novas descobertas que colocam você no topo da cadeia alimentar competitiva", encarou Bob Work, ex-subsecretário de defesa, que agora é presidente da Govini, citado na segunda-feira (17) pelo portal Defense News.
"Isso é o que mais me assusta, porque a China está se saindo muito melhor do que nós em termos de número total de patentes."
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Além disso, o novo relatório mostrou que algumas empreiteiras americanas focadas em tecnologias críticas ainda dependem muito de fornecedores e investidores chineses. Tara Dougherty, diretora executiva da Govini, notou na segunda-feira (17) que todas as 12 tecnologias críticas do relatório são altamente dependentes de suprimentos chineses.
Na Cúpula de Inteligência e Segurança Nacional, realizada na semana passada, o senador Mark Warner na Cúpula de Inteligência e Segurança Nacional, disse que a segurança nacional não significa mais "a nação com mais tanques, armas, navios e aviões".
"Se não investirmos mais, desde semicondutores até recursos aéreos, [inteligência artificial], análise quântica, biologia, energia avançada, esses são domínios em que, se a China dominar, isso representará uma ameaça à segurança nacional, tanto em termos de sua capacidade de espalhar sua influência ou, francamente, de nos colocar off-line, como em tudo o resto", afirmou.
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