Panorama internacional

OTAN não quer perder seus próprios militares, então recruta mercenários sírios, diz ex-comandante

Desde o início da última primavera europeia, o Ocidente coletivo ameaçou a Rússia com a contraofensiva ucraniana, mas agora a OTAN está optando por recrutar mercenários do Oriente Médio, disse o ex-comandante do Exército sírio Mihnad Alhajj Ali à Sputnik.
Sputnik

"O Exército ucraniano tem um alto nível de baixas, é preciso recrutar mais pessoas - mas os recursos para a mobilização na Ucrânia são extremamente limitados. É por isso que a OTAN - principalmente com a ajuda da inteligência americana - está recrutando mercenários", disse ele.

Além disso, o ex-militar afirmou que, desde o início da operação militar especial, Kiev formou uma Legião Estrangeira, à qual os mercenários estão se juntando. Mas, observou, esta unidade também tem sofrido muitas perdas, e os países da OTAN não querem perder seus próprios oficiais na Ucrânia, mesmo os aposentados.

"Assim, as FDS [Forças Democráticas Sírias] provaram ser uma das melhores opções em todos os aspectos."

Segundo o autor, os americanos propuseram aos militantes uma oferta tentadora - uma viagem da Síria para a Europa, onde podem ficar e um pagamento de cerca de US$ 2.000 dólares (R$ 9.770) por mês.

"É de se esperar que mercenários de tribos árabes, ex-combatentes das Forças Democráticas Sírias, sejam enviados à Ucrânia para uma nova tentativa de contraofensiva. Dado que as Forças Armadas da Ucrânia perdem diariamente dezenas de milhares de homens, a transferência terá lugar num futuro muito próximo", apontou.

Mihnad Alhajj Ali observa que uma característica distintiva dos mercenários das Forças Democráticas Sírias - eles lutaram contra os Exércitos iraquiano e sírio, e a milícia do popular. Em outras palavras, os militantes são bastante hábeis em táticas de combate moderno e podem ficar mais baratos que os mercenários da Europa.

"No entanto, duvido que algum deles volte da Ucrânia para a Síria. Os sobreviventes correrão para a Europa - e se estabelecerão lá com base em variados regimes legais. No futuro, os combatentes fugitivos podem minar seriamente o sistema de segurança europeu. E tal enfraquecimento da Europa também será do interesse dos EUA", enfatizou ele.

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