Ciência e sociedade

Dia mais quente não oficial da história lança alerta sobre perigo de um mundo sufocante, diz mídia

No dia 3 de julho, o planeta inteiro sentiu na pele os efeitos do dia mais quente não oficial em registros humanos, de acordo com cientistas da Universidade do Maine, no projeto Climate Reanalyzer.
Sputnik
Segundo a Associated Press (AP), os recordes de alta temperatura foram superados nos dias 3 e 4 de julho em Quebec, no noroeste do Canadá e no Peru. Cidades nos Estados Unidos, de Medford, Oregon a Tampa, na Flórida, têm atingido recordes históricos, disse o meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia, Zack Taylor. Pequim relatou 9 dias consecutivos na semana passada, quando a temperatura ultrapassou 35 graus Célcius.
Este recorde global ainda é preliminar e precisa do aval de algumas entidades, mas é uma indicação de que a mudança climática está atingindo um território desconhecido. Deke Arndt, diretor do Centro Nacional de Informações Ambientais, uma divisão da Associação Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), afirmou que as medições costumam ser muito mais longas para rastrear o aquecimento da Terra, mas que ter o registro de um dia tão quente pode significar uma era muito quente impulsionada pelas emissões de gases de efeito estufa.
A temperatura média diária global para o dia 3 de julho chegou a 17,01 graus Celsius de acordo com o Reanalisador Climático da Universidade do Maine, uma ferramenta frequentemente usada por cientistas climáticos para uma boa visão das condições do mundo.
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Embora a temperatura média possa não parecer tão quente, é a primeira vez nos 44 anos deste conjunto de dados que a temperatura ultrapassou a marca de 17 graus Celsius.
Temperaturas médias globais mais altas se traduzem em condições terríveis para pessoas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, alertas de calor estão em vigor nesta semana para mais de 30 milhões de pessoas.
"Aquelas temperaturas mais altas que acontecem quando ficamos mais quentes do que as condições normais? As pessoas não estão acostumadas com isso. Seus corpos não estão acostumados com isso", disse Erinanne Saffell, climatologista do estado do Arizona e especialista em clima extremo e eventos climáticos.
Saffell acrescentou que o risco, mesmo em condições normais, já é alto para jovens e idosos, que são vulneráveis ao calor.
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