Panorama internacional

ONG: Shell segue comercializando gás russo apesar de promessa de abandonar o país

Apesar de afirmar há mais de um ano que deixaria a Rússia, a empresa de petróleo e gás ainda recebe gás russo de dois portos do país, indica uma análise.
Sputnik
A empresa britânica de petróleo e gás Shell continua comercializando gás russo, apesar de ter anunciado no ano passado que se retiraria do mercado de energia da Rússia, revela uma análise de domingo (2) da ONG Global Witness.
A Shell publicou em março de 2022 uma declaração de que deixaria de comprar petróleo russo e venderia seus postos de abastecimento e outros negócios no país. No entanto, a Global Witness afirma que a empresa continua recebendo carregamentos de gás natural liquefeito (GNL) de dois portos russos, Yamal e Sakhalin, no Extremo Oriente do país.
De acordo com os dados da organização, de março a dezembro de 2022, a Shell desempenhou um papel "crucial" no comércio de GNL da Rússia, comprando e vendendo 12% de todas as exportações.
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No total, de acordo com estimativas da empresa de análise Bernstein, a empresa britânica gerou US$ 5,4 bilhões (R$ 25,94 bilhões) em receita em 2022. A ONG também detalhou que 8% do GNL comercializado pela Shell veio da Rússia, com os lucros do ano passado chegando assim a cerca de US$ 430 milhões (R$ 2,07 bilhões).
A União Europeia proibiu a importação de quase todo o petróleo e produtos petrolíferos russos em dezembro de 2022 e fevereiro de 2023, respectivamente. Ao mesmo tempo, o bloco recusou banir a importação de gás russo.
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