Panorama internacional

Arrogância dos EUA abre portas para avanço nuclear do Irã e deixa aliados vulneráveis, diz mídia

O jornal Financial Times questionou as chances de o Ocidente conter o rápido avanço nuclear do Irã, que tanto está preocupando o Pentágono.
Sputnik
Destacando as capacidades iranianas, não apenas em enriquecimento de urânio, como também na construção de "abrigos nucleares" em montanhas contra bombas americanas e israelenses, o FT mostrou o que a arrogância americana e seus esforços para manterem sua doutrina resultaram.
Além disso, a mídia aponta como "fator crucial" para o avanço do programa nuclear iraniano a decisão dos EUA, tomada em 2018, quando o então presidente Donald Trump decidiu abandonar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).
Vale destacar que a medida foi tomada em mais uma tentativa de os EUA usarem as sanções como armas, contudo, fracassou miseravelmente, sendo surpreendidos pelo avanço iraniano, não apenas no setor nuclear, como também em todos os setores da defesa da República Islâmica.
De acordo com o FT, inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) dizem ter encontrado evidências de que o Irã estaria enriquecendo urânio a 83,7%, indicando que o país estaria muito próximo de obter a capacidade de produzir armas nucleares.
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E é justamente este fato que está preocupando não apenas o Pentágono como também seus aliados ocidentais, isso porque o Irã poderia produzir material físsil para armas nucleares em apenas 15 dias.
Em vez de tentar resolver o impasse o quanto antes, os diálogos entre os EUA e o Irã não estão avançando, e as tensões entre os dois países estão aumentando cada vez mais.
O Pentágono, por sua vez, acredita que, se o Irã alcançar sua capacidade nuclear, poderia surpreender e derrotar os EUA em um conflito, o mesmo temor sentido pelos israelenses, e por isso ambos esboçaram a ideia de atacar a República Islâmica com o objetivo de comprometer as capacidades e o avanço do país.
Diante do atual cenário "dramático", o FT volta a citar o abandono do acordo por parte dos EUA e a onda de sanções contra a República Islâmica como elementos-chave para a mudança de rumo e desestabilização, ressaltando que, mesmo com a melhora no relacionamento entre o Irã e os inspetores da AIEA, os diplomatas ocidentais terão um grande e longo desafio pela frente para tentar conter o avanço do país.
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O JCPOA foi firmado entre o Irã e seis potências mundiais (Rússia, Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Alemanha) para garantir o caráter civil do programa nuclear iraniano.
Porém, com o rompimento unilateral do acordo pelos Estados Unidos em 2018, sob o governo de Donald Trump, e o restabelecimento das sanções americanas, Teerã também deixou o programa.
Oficialmente, o Irã afirma ter enriquecido urânio a 60% até agora para a produção de energia nuclear.
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