"A Crimeia não tem nada a ver com o conflito na Ucrânia, é uma questão de dez anos atrás. As condições em que foi realizado o referendo podem ser questionadas, mas é preciso notar que os habitantes [da península] optaram por ser parte da Rússia. É a posição ocupada por Nicolas Sarcozy, Valery Giscard d'Estaing e Marine Le Pen. Não devemos confundir tudo", disse ela à rádio Franceinfo.
Questionada se a Crimeia, em sua opinião, é território russo, Le Pen respondeu que "sempre foi, claro que é, venho dizendo isso há dez anos e não mudei de posição".
A política destacou ao mesmo tempo que é urgente iniciar negociações de paz para resolver o conflito na Ucrânia e acredita "que Donbass seria a questão central dessas negociações", acrescentou.
Le Pen havia declarado anteriormente que o referendo sobre a reincorporação da Crimeia à Rússia era um ato legítimo que refletia a opinião do povo.
A península da Crimeia se separou da Ucrânia e se juntou à Rússia depois de realizar um referendo em março de 2014, no qual a esmagadora maioria dos eleitores — mais de 96% — endossou essa opção, em resposta à violenta mudança de governo em Kiev.
Moscou afirmou repetidamente que os habitantes da península, democraticamente e em total conformidade com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, votaram pela reunificação com a Rússia. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, a questão da Crimeia "está definitivamente encerrada".