Panorama internacional

Gabinete de F. Kennedy Jr.: conflito na Ucrânia é alimentado pela indústria militar dos EUA

O conflito armado na Ucrânia é alimentado artificialmente pelos interesses da indústria armamentista dos Estados Unidos e pelo sentimento militarista da administração nacional, afirma o gabinete do candidato democrata à presidência dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., sobrinho do 35º presidente John F. Kennedy, à Sputnik.
Sputnik
"Este conflito é em grande parte artificial e alimentado pela indústria de defesa dos EUA, neoconservadores e sentimento militarista no establishment da política externa", disse o gabinete.
Eles acrescentam que, em caso de vitória nas eleições presidenciais, Kennedy Jr. vai concentrar seus esforços em iniciativas de paz. Além disso, o candidato pretende entrar em diálogo com a Rússia sobre novos acordos de controle de armas em nome do "desarmamento gradual de todos os países".
Em suas palavras, os Estados Unidos tiveram um papel importante ao incitar a Rússia a lançar uma operação militar especial, provocando-a com movimentos hostis desde a década de 1990.
O político norte-americano acredita que, no momento em que os EUA deixarem de seguir o caminho da escalada deliberada do conflito ucraniano e começarem a buscar a paz, a Rússia vai mostrar sua disposição de se comprometer e fazer a paz. Tal paz, de acordo com Kennedy Jr., "respeitaria a soberania ucraniana, bem como os interesses de segurança russos".
Não é a primeira vez que Robert F. Kennedy Jr. enfatiza o papel destrutivo dos EUA no conflito na Ucrânia. Na segunda-feira (5), o candidato presidencial democrata enfatizou que Washington deveria encerrar seus programas de armas biológicas em todo o mundo, incluindo na Ucrânia, bem como convocar outras nações para resolver esse problema. Um dia antes, em 4 de junho, ele culpou os Estados Unidos por prolongar intencionalmente o conflito na Ucrânia, que já matou milhares de pessoas, buscando cumprir uma missão geopolítica.
Operação militar especial russa
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A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para proteger as pessoas que foram submetidas a abusos e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos. O presidente russo, Vladimir Putin, destacou que a operação especial foi uma medida forçada, que a Rússia se viu obrigada a tomar porque não lhe deu a possibilidade de agir de outra forma, uma vez que foram criados riscos à segurança, que não poderiam ser tratados.
De acordo com o líder russo, Moscou, durante 30 anos, tentou concordar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre os princípios de segurança na Europa, mas eles só responderam com mentiras cínicas ou com tentativas de pressão sobre a Rússia, enquanto a Aliança Atlântica se expandia e se aproximava cada vez mais das fronteiras russas, apesar dos protestos de Moscou, lembrou Putin.
O Ocidente exorta constantemente a Rússia a negociar, o que Moscou está disposta a fazer, mas, ao mesmo tempo, ignora as constantes recusas de Kiev ao diálogo. O representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, garantiu em entrevista à Sputnik que Moscou está pronta para considerar as propostas de Kiev para chegar a um acordo, levando em consideração as propostas russas e a situação "no terreno", mas que o regime ucraniano não estava interessado nisso.
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