Especialista: EUA e OTAN não devem temer apenas a 'ala direita vermelha' da Marinha russa no Ártico

A Rússia continua sendo uma grande potência no Ártico e sua Frota do Norte pode ameaçar a costa dos EUA, escreveu o The New York Times. Nesse sentido, um especialista disse à Sputnik que o principal motivo da preocupação dos EUA é baseado em suas próprias ações dirigidas contra Moscou.
Sputnik
De acordo com a mídia, tanto a Noruega, a Finlândia e a Suécia quanto os Estados Unidos consideram a questão uma "preocupação urgente".

"O medo é que a Frota do Norte da Rússia modernizada possa avançar através dos estreitos entre a Groenlândia, a Islândia e o Reino Unido, um movimento conhecido na OTAN como a 'direita vermelha' para cortar rotas marítimas e cabos submarinos e ameaçar a costa leste da Rússia. EUA com mísseis de cruzeiro", explicou a mídia.

Na opinião do autor do artigo, um dos objetivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é criar uma "bolha do norte" para "conter" a Rússia e "monitorar" a China. A adesão da Finlândia e da Suécia à aliança vai abrir novas oportunidades para ela no Norte, enfatizou, acrescentando que a mudança climática está abrindo novas rotas marítimas no Ártico, aumentando a competição entre os países da região.
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O verdadeiro motivo de preocupação para os EUA são as ações de Washington contra a Rússia, disse à Sputnik o especialista militar e copresidente da União de Veteranos de Combate do Exército russo, Viktor Blitov.
"Os americanos estão em uma situação realmente difícil: caso a Rússia tome uma decisão política, a Frota do Norte executará todas as tarefas. E para isso não precisa passar entre a Groenlândia, a Islândia e o Reino Unido. A frota tem armas importantes que pode usar do mar de Barents ou de outras partes dos oceanos", disse ele.
Assim, os receios dos EUA e da OTAN não são em vão, considera o analista, embora a causa desses receios não seja o que afirmam ser.
"Eles estão cada vez mais envolvidos no conflito em torno da Ucrânia. O ataque de drones contra Moscou foi realizado com a ajuda de seus satélites, ou seja, eram eles que apontavam. E sua suposta não participação em ações militares na Ucrânia é muito ilusória", resumiu.
A Rússia afirmou repetidamente que o Ártico deve permanecer sendo uma zona de paz e cooperação construtiva.
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