Panorama internacional

Secretária do Comércio diz que EUA 'não tolerarão' proibição da China de chips Micron e promete ação

O anúncio é o mais recente no desenvolvimento de uma disputa cada vez mais profunda entre EUA e China sobre a tecnologia crucial para as economias de todo o mundo. Entretanto, a decisão chinesa foi a primeira após várias tomadas pelos EUA desde o ano passado.
Sputnik
Na segunda-feira (22), Administração Cibernética da China anunciou que a maior fabricante de chips de memória dos Estados Unidos apresenta "sérios riscos de segurança de rede" e que os produtos da empresa serão banidos dos principais projetos de infraestrutura chineses, conforme noticiado.
Hoje (27), a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse que Washington "não tolerará" a proibição sobre a Micron e que os norte-americanos "estão trabalhando em estreita colaboração com aliados" para lidar com essa "coerção econômica".
A declaração da secretária aconteceu em uma entrevista coletiva após uma reunião de ministros do Comércio nas negociações da Estrutura Econômica Indo-Pacífica liderada por Washington que os EUA "se opõem firmemente" às ​​ações da China contra a Micron.
"[A China] visa uma única empresa dos EUA sem qualquer base factual, e vemos isso como pura e simples coerção econômica e não vamos tolerá-lo, nem pensamos que será bem-sucedido", afirmou Raimondo.
A medida chinesa ocorreu um dia depois que os países-líderes do G7 concordaram com novas iniciativas para dificultar a econômica chinesa.
"Como dissemos no G7 e como dissemos consistentemente, estamos nos envolvendo de perto com parceiros que abordam esse desafio específico e todos os desafios relacionados às práticas fora do mercado da China", afirmou a secretária.
Além das medidas de coerção trabalhadas por nações do G7, os Estados Unidos estão em uma constante campanha para dificultar o acesso chinês à tecnologia de semicondutores.
Panorama internacional
Pequim convoca embaixador do Japão após declarações sobre China na cúpula do G7
Nesta semana, o Japão anunciou que a partir de julho terá maior controle sobre a exportação de 23 itens de tecnologia para produção de semicondutores para Pequim, seguindo as políticas acordadas em fevereiro com os norte-americanos para o assunto.
Além do Japão, os EUA também fizeram acordo parecido sobre chips com os Países Baixos e pediram à Coreia do Sul que não preencha o "vazio" caso a Micron seja mesmo banida, o que mostra que apenas as políticas de Washington podem prevalecer enquanto outros países devem obedecer.
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