Operação militar especial russa

Medvedev: apelo de Kissinger para aceitar Ucrânia na OTAN forçará Rússia a responder duramente

Se a Ucrânia aderir à OTAN, não desistir dos planos de recuperar territórios, a Rússia terá que responder duramente, alertou o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, comentando as palavras do ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, de que a Ucrânia deve ser aceita na aliança.
Sputnik

"É claro que ele [Kissinger] fará 100 anos daqui a dez dias e ainda chegou a se encontrar com Brezhnev [líder da União Soviética entre 1964 e 1982]. Entretanto, aqui ele está completamente errado. Ele identificou o conflito EUA-China como a principal ameaça à humanidade. Sempre acreditei que, para uma avaliação correta da situação, é importante considerar não uma ameaça hipotética, mas uma ameaça direta e clara", escreveu o político em seu canal no Telegram.

Medvedev sugeriu imaginar o que acontecerá caso a Ucrânia seja aceita na aliança.
A OTAN já está travando uma guerra híbrida contra a Rússia, destacou Medvedev. Após a adesão, a Ucrânia não desistirá de tentar recuperar os territórios perdidos, ao que Moscou terá que "responder com todas as medidas possíveis".
"Eis que temos aqui o Artigo 5 do Tratado de Washington [Tratado do Atlântico Norte]", concluiu Medvedev.
O Artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte estabelece que os membros da OTAN consideram um ataque armado a um país como um ataque a todo o bloco e reagem de acordo com isso, inclusive com o emprego das Forças Armadas.
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