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Em visita oficial ao Brasil, premiê holandês diz ter discutido Ucrânia com presidente Lula

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse nesta quarta-feira (10) que discutiu o conflito na Ucrânia no contexto da ordem jurídica internacional com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma reunião em Brasília.
Sputnik
Rutte, que está em visita oficial ao Brasil de 8 a 10 de maio, declarou em sua conta no Twitter que foi uma importante oportunidade para expandir a parceria entre os países, além de discutir o conflito ucraniano.

"A cooperação internacional é mais importante do que nunca. Os Países Baixos e o Brasil estão em total acordo sobre os fundamentos de nossa ordem jurídica internacional. Isso formou a base de nossa discussão sobre a guerra na Ucrânia", escreveu o primeiro-ministro holandês no Twitter, após seu encontro com o presidente brasileiro.

Durante as conversas, as partes também discutiram formas de expandir e aprofundar a parceria entre empresas holandesas e brasileiras, bem como meios de lidar com mudanças climáticas, energia e segurança alimentar.
Enquanto isso, a mídia holandesa noticiou que o Ocidente estava se esforçando para persuadir o Brasil a apoiar a Ucrânia e começar a fornecer armas para Kiev, mas Lula tem se recusado repetidamente a atender o pedido, condenando o fornecimento de armas e exortando tanto os Estados Unidos quanto a União Europeia (UE) a "começar a falar de paz".

"É hora da diplomacia, não é hora de guerra. Todo mundo sabe que o Brasil condenou a invasão territorial da Ucrânia, mas a continuidade só vai levar à morte. Foi essa a razão das conversas com a China, com o primeiro-ministro da Inglaterra, hoje, e também vai ser razão da conversa com a Índia, com outros países", afirmou o presidente.

Os países ocidentais têm fornecido a Kiev vários tipos de sistemas de armas, incluindo mísseis de defesa aérea, sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, tanques, artilharia autopropulsada e canhões antiaéreos desde que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia há mais de um ano. O Kremlin tem alertado repetidamente contra novas entregas de armas a Kiev.
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