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Ao articular reaproximação com Brasil, Palestina rebatiza estádio de futebol com nome de Pelé

Há quase dois anos um memorando de cooperação técnica na área do futebol está para ser ratificado entre os dois governos, no entanto, o acordo não foi adiante durante o governo Bolsonaro, que se aproximou dos israelenses e se afastou dos palestinos.
Sputnik
Neste domingo (14), o ministro dos Esportes e da Juventude da Palestina, Jibril Rajoub, rebatizará junto ao embaixador do Brasil no país, Alessandro Candeas, e do presidente da FIFA, Gianni Infantino, o estádio al-Khader com o nome de Pelé.
O estádio, que fica nas imediações de Belém, foi inaugurado em 2007 com capacidade para abrigar cerca de 6.000 pessoas. O jogo escolhido para "reinaugurar" o campo será entre os times olímpicos de futebol da Palestina e da Jordânia.
De acordo com a Folha de São Paulo, o escritório diplomático do Brasil deve organizar uma caravana de brasileiros para assistir ao jogo.

"Pelé foi um ícone, uma lenda", disse Rajoub citado pela mídia. O ministro afirma ter se encontrado com o jogador diversas vezes, incluindo em 2014, durante a Copa do Mundo no Brasil. "Fiquei impressionado com sua simpatia pela nossa causa", diz, referindo-se aos esforços palestinos para criar seu Estado.

Segundo o jornal, o batismo do estádio em Belém faz parte de um processo mais amplo de estreitamento das relações entre as autoridades brasileiras e as palestinas. Para o embaixador Candeas, o futebol pode ser um de seus principais eixos diplomáticos.
Sob o governo Bolsonaro, o Brasil se aproximou mais de Israel, com o ex-presidente visitando o país e declarando publicamente sua simpatia.
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Isso fez com que um memorando de cooperação técnica na área do futebol entre Brasília e Palestina não fosse para frente, entretanto agora, a intenção do governo Lula também é se aproximar do Estado palestino.

"Queremos fazer um intercâmbio de atletas, de treinadores e até de dirigentes para estruturar uma liga e um campeonato palestinos. Um dos meus sonhos, aqui, é que o Brasil possa ajudar os palestinos a ter seleções competitivas de futebol, tanto masculina quanto feminina. O pessoal adora o Brasil aqui", afirmou.

Atualmente, há cerca de 6.000 brasileiros morando nos territórios palestinos.
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