Operação militar especial russa

Governador russo de Zaporozhie afirma que a maior usina nuclear da Europa está inativa

De acordo com a autoridade local, os reatores da instalação foram fechados devido à ameaça de ataques ucranianos a Zaporozhie.
Sputnik
A usina nuclear de Zaporozhie foi colocada em estado inativo, declarou o governador interino da região de Zaporozhie, Yevgeny Balitsky. A decisão de interromper o trabalho da estação foi tomada devido à ameaça de ações "imprevisíveis" de Kiev, disse a autoridade na segunda-feira (8).
"Entendemos que isso é uma manipulação. Portanto, os reatores nucleares já foram desligados. O quinto reator está em espera ativa. Não entendemos o que esse macaco com uma granada pode fazer, então desligamos os reatores", disse Balitsky ao canal de TV Crimea 24.
Os blocos dos reatores foram fechados na semana passada, com sua manutenção "continuando de acordo com todas as regulamentações necessárias, com controle estrito dos padrões de segurança contra radiação", disse o diretor da usina nuclear, Yuri Chernichuk, na sexta-feira (5).
As preocupações com a segurança da instalação da usina de Zaporozhie dispararam recentemente em meio à contraofensiva ucraniana iminente e há muito esperada. A situação de segurança na área próxima à instalação estava "se tornando cada vez mais imprevisível e potencialmente perigosa", alertou no sábado (6) o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi.
Operação militar especial russa
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"Estou extremamente preocupado com a segurança nuclear muito real e os riscos de proteção enfrentados pela usina. Devemos agir agora para prevenir a ameaça de um grave acidente nuclear e suas consequências para a população e o meio ambiente", afirmou.
As tropas russas assumiram o controle da maior usina nuclear da Europa em março de 2022. Uma subsidiária da gigante estatal de energia nuclear de Moscou, Rosatom, assumiu formalmente a administração da usina no outono passado (Hemisfério Norte), quando a região de Zaporozhie votou para se juntar à Rússia junto com Kherson, e as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL).
A instalação nuclear tornou-se alvo de repetidos bombardeios de artilharia e ataques de drones pelas forças de Kiev. Além disso, os militares ucranianos realizaram repetidamente operações de desembarque no rio Dniepre em uma aparente tentativa de tomar as instalações. Até agora, tais ataques não tiveram sucesso e a própria estação não sofreu danos críticos, o que poderia resultar em uma grande catástrofe nuclear.
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