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Transpetro cria grupo de trabalho para voltar a construir navios no Brasil: 'Projeto de Estado'

Segundo presidente da empresa, grupo de trabalho terá prazo de 60 dias para fazer levantamento a fim de saber a situação da indústria no país e quais seriam as primeiras demandas, e citou setor na China e no Japão: "Estados que se fortaleceram porque tinham demanda de longo prazo".
Sputnik
O Brasil pode voltar a construir navios, segundo a intenção da chefia da Transpetro – subsidiária da Petrobras que opera 8,5 mil quilômetros de dutos no país. A empresa anunciou, através de novo presidente, Sérgio Bacci, a criação de um grupo de trabalho para retomar a produção de navios no país.

"Temos a missão de retomar a construção de navios em estaleiros no Brasil. Criamos um grupo de trabalho que terá um prazo de 60 dias para fazer um levantamento para saber a demanda de navios e quais os estaleiros e o custo. É um prazo de 60 dias porque o Brasil tem pressa", disse Bacci citado pelo jornal O Globo.

Entretanto, o presidente destacou que tudo será analisado com calma e que o grupo de trabalho vai estudar afundo o tipo de navio que será demandado.
"Vamos ter que ter um parâmetro. Vamos usar o Fundo Da Marinha Mercante. Queremos entrar no hall de preciosidades do governo Brasileiro", afirmou.
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Segundo ele, o grupo de trabalho será formado por funcionários da própria empresa. Bacci também informou que vai conversar com a Petrobras para entender as necessidades mais urgentes. Atualmente, a Transpetro tem 26 navios e aluga outros dez.
"A gente precisa de tudo. O presidente da Petrobras Jean Paul Prates me perguntou quando íamos ter navios e eu disse que será o mais breve possível. Temos capacidade. Mas precisamos fazer uma adequação. E isso não será a qualquer preço. Os estaleiros terão que se adequar à nova realidade do país. Eles aprenderam muito nesses últimos anos. E aprenderam que é melhor ganhar pouco ou suficiente para ter um projeto de longo prazo" — disse Bacci, ao ser questionado sobre os problemas enfrentados pelo setor nos últimos anos.
O presidente ainda acrescentou que o Brasil precisa de encomendas perenes e de longo prazo.
"China, Coreia e Japão se fortaleceram porque tinham demanda de longo prazo. E isso só vai acontecer aqui se tivermos isso. Não podemos ter dez anos de encomendas e dez anos sem nada. Queremos fazer um projeto de Estado", complementou.
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