Panorama internacional

Principais países em desenvolvimento não queriam apoiar luta dos EUA contra a Rússia e a China

Países como o Brasil, Índia, Paquistão e Egito não querem tomar lados no confronto entre a Rússia e a China, de um lado, e os EUA do outro, conforme indicado por documentos citados pelo The Washington Post.
Sputnik
Muitos dos principais países em desenvolvimento tentam não assumir lados no confronto cada vez mais intenso entre os EUA e a Rússia e a China, de acordo com o jornal norte-americano The Washington Post.
Os documentos citados no sábado (29) como vindo do Pentágono diriam que tais países, que incluem a Índia, Brasil, Paquistão e Egito, poderiam em alguns casos usar a rivalidade para seu próprio benefício.
No caso da Índia, um dos documentos citados indica que Ajit Kumar Doval, assessor de Segurança Nacional do país, assegurou Nikolai Patrushev, seu homólogo da Rússia, que Nova Deli seguirá apoiando Moscou "em eventos multilaterais, destacando também a relutância da Índia em apoiar a resolução da ONU sobre a Ucrânia apoiada pelo Ocidente ".
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Quanto ao Paquistão, um suposto memorando interno comentava que "o instinto" de preservar a parceria do Paquistão com os Estados Unidos pode prejudicar a colaboração "realmente estratégica" de Islamabad com Pequim.
Nem a Casa Branca nem o Departamento de Defesa dos EUA comentaram o assunto.
Matias Spektor, acadêmico do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, disse ao jornal norte-americano que as potências emergentes estão "se recalibrando" à medida que a China expande sua "influência econômica e militar" e a Rússia "demonstra sua capacidade de desviar a pressão ocidental".
"Não está claro quem estará na pole position daqui a dez anos, portanto, elas precisam diversificar seus riscos e proteger suas apostas", acrescentou o acadêmico.
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