Canadá deve falhar meta de gastos militares da OTAN, apontam documentos do Pentágono

O jornal norte-americano Washington Post escreve que Ottawa consiga aumentar as despesas na defesa até 2% do PIB, o mínimo apontado por Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN.
Sputnik
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, admitiu à OTAN que é improvável que o país atinja a meta de gastos militares de 2% do PIB, segundo documentos vazados do Pentágono.
A conclusão, baseada em um grande número de arquivos vazados no aplicativo de mensagens Discord, adverte que as deficiências militares "generalizadas" do Canadá estão prejudicando as relações com seus aliados, informou na quarta-feira (19) o jornal norte-americano Washington Post.
Ottawa advertiu que as deficiências nos gastos com a defesa significam que o Canadá é incapaz de lançar uma grande operação, manter sua liderança de agrupamento militar na Letônia e, ao mesmo tempo, ajudar a Ucrânia.
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Ao mesmo tempo, falando em declarações ao jornal britânico The Telegraph, Daniel Minden, um porta-voz do Ministério da Defesa canadense, garantiu que "nosso compromisso com a segurança euro-atlântica e global é de ferro, e continuamos fazendo investimentos marcantes para equipar nossas Forças Armadas".
Ele citou a aquisição recente de 88 caças F-35, o investimento no Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês), os gastos no agrupamento militar na Letônia, e o financiamento da Ucrânia, para um aumento total previsto de 70% entre 2017 e 2026.
No final do mês passado, Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, exortou os membros da aliança a atingir a meta de 2% de gastos militares em relação ao PIB, que disse ser um mínimo. Trata-se de uma meta aspiracional colocada pela primeira vez em 2014.
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