Panorama internacional

Senador dos EUA: fraqueza de Biden faz os outros países, incluindo o Brasil, se virarem para a China

O legislador Tom Cotton criticou a política de Joe Biden como fazendo o Brasil, Emirados Árabes Unidos, Irã e Arábia Saudita se afastarem da esfera de influência dos EUA.
Sputnik
Vários aliados americanos de longa data, como o Brasil e os Emirados Árabes Unidos, se reorientaram para a China devido à fraqueza de Joe Biden, presidente dos EUA, opinou no sábado (15) o senador republicano Tom Cotton.
O legislador disse em declarações à emissora Fox News que "um eixo do mal cada vez mais centrado em Pequim" está se formando.
"Ele está surgindo em grande parte devido à fraqueza do presidente Joe Biden e sua tendência de culpar primeiro os EUA e nossos aliados", comentou.
Cotton assumiu que por causa da "incompetência" do mandatário norte-americano, o Brasil, com o presidente Lula da Silva, agora virou seu país para a China.
"Ele é de esquerda. Ele é crítico, se não abertamente hostil, aos EUA", apontou o político.
Na sua opinião, Lula é o "típico líder de esquerda que chegou ao poder nos últimos anos na América Latina", sem que Biden tenha dito uma palavra negativa sobre eles.
"Então, o que acontece? Você os vê fugindo para Pequim ou recebendo navios de guerra iranianos na América Latina", lamentou.
Durante sua visita à China, Lula pediu um afastamento do uso generalizado do dólar, que, segundo ele, ameaçava o futuro da humanidade, e exortou à criação de uma moeda única para o BRICS.
Tom Cotton também mostrou desagrado com a ideia dos documentos do Pentágono recém-publicados de que os Emirados Árabes Unidos concordaram em se aliar com a Rússia contra as agências de inteligência dos EUA e do Reino Unido, algo que Abu Dhabi negou. Ele também citou o sucesso da China em aproximar o Irã da Arábia Saudita como minando os acordos de normalização das relações no Oriente Médio, conhecidos como os Acordos de Abraão e assinados em 2020.
O senador ainda mencionou que Biden não ajudou a situação geopolítica dos EUA quando descreveu publicamente a Arábia Saudita como um "pária".
Diante destes fatos, o senador sugeriu, "cada vez mais você está vendo muitos parceiros e aliados tradicionais americanos se precavendo de suas apostas porque estão preocupados com a determinação e força dos EUA sob a presidência de Biden".
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