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Caso contra Trump fortalecerá as chances da política de reeleição dele, diz seu advogado

O caso contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é um precedente perigoso de perseguição política, que, no entanto, só fortalecerá a política à luz de seus planos de competir novamente pelo cargo de chefe de Estado em 2024, disse o advogado de Trump, Joe Tacopina, à Sputnik.
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"Sabe, as coisas são diferentes com Donald Trump. No caso da maioria das pessoas, quando são processadas ou acusadas, a campanha delas termina. Elas desaparecem. Suas carreiras acabaram, mas Donald Trump está de alguma forma ficando mais forte. Ele sempre disse que eles [as autoridades] usaram o sistema judiciário como uma arma para prejudicar opositores políticos. E este [caso] é um exemplo", disse Tacopina na véspera da aparição de Trump em 4 de abril na Corte de Nova York, onde se espera que ele seja indiciado.

Segundo o advogado, o caso contra o político "nunca teria sido iniciado" se Trump não tivesse anunciado sua intenção de participar da eleição presidencial em 2024.

"É uma nova tendência perigosa neste país, que agora estamos usando escritórios de promotores como armas políticas, mas é isso que está acontecendo. E é isso que isso é. Não há dúvida sobre isso. [...] Temos que ter certeza de que é condenado em todo o mundo – e julgado muito alto. É exatamente isso que vamos fazer", enfatizou o advogado de Trump.

Na semana passada, em Nova York, um júri votou para indiciar Trump no caso Stormy Daniels. De acordo com a CNN, o ex-presidente dos Estados Unidos enfrentará mais de 30 acusações relacionadas a fraude na esfera empresarial.
O promotor distrital do condado de Nova York, Alvin Bragg, reclassificou todas as 34 acusações contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em casos criminais, relata o portal Yahoo News, citando uma fonte familiarizada com os detalhes da investigação.
Segundo ele, essa medida foi tomada porque as ações do ex-presidente supostamente visavam ocultar outro crime.
Assim como referido no artigo, nos termos do disposto no Código Penal do Estado, um crime de classe E que envolva a falsificação de documentos comerciais pode ser punível com pena de prisão de até quatro anos.
No entanto, como o interlocutor do portal salienta, de um ponto de vista prático, tal cenário é improvável.
"Ninguém vai para a prisão por isso, infringindo a lei pela primeira vez", explicou a fonte.
Donald Trump deve comparecer ao tribunal de Nova York na terça-feira (4). O próprio ex-presidente dos Estados Unidos já havia chamado seus partidários a protestar e "devolver nosso povo" se ele fosse indiciado.
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