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Após longo impasse, embaixador do Brasil é escolhido para presidir órgão de não proliferação nuclear

O embaixador brasileiro Antônio José Vallim Guerreiro foi eleito para presidir o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR, na sigla em inglês), uma instância de defesa da não proliferação de armas nucleares.
Sputnik
Antônio Guerreiro já serviu como representante permanente do Brasil junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e à Conferência do Desarmamento das Nações Unidas, além de ter sido embaixador na Bélgica e na Rússia, conforme relembra o comunicado do Itamaraty divulgado após a escolha do diplomata pela MTCR.
"O apoio unânime ao pleito brasileiro é expressão eloquente do reconhecimento do compromisso do Brasil com o multilateralismo e com a prevenção da proliferação de armas de destruição em massa e seus vetores. Ao agradecer seus parceiros pelo apoio, o governo brasileiro se compromete a promover, no exercício da presidência do MTCR, o equilíbrio entre o controle de tecnologias missilísticas sensíveis e o direito ao intercâmbio, acesso e desenvolvimento dessas tecnologias para propósitos legítimos, incluindo programas espaciais", diz o comunicado.
De acordo com a Folha de São Paulo, Guerreiro não estava na disputa pelo cargo, mas foi escolhido - depois de um impasse que durou seis meses - porque estaria entre os países a favor da Ucrânia e alinhados com a Rússia. Como o Brasil dialoga com os dois, surgiu como o único nome de consenso; foi considerado equidistante aos dois lados do conflito.
Embaixador brasileiro na Rússia, Antônio José Vallim Guerreiro (foto de arquivo)
Integrado por 35 Estados, o MTCR, criado em 1987 pelas nações que formam o G7, tem como objetivo prevenir a utilização de tecnologias de mísseis de longo alcance como vetores de armas de destruição em massa (nucleares, químicas e biológicas). O Brasil integra a organização desde 1995 e já a presidiu em 2009.
Guerreiro assume o posto em outubro deste ano e permanecerá até outubro de 2024.
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