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Programador diz ter encontrado código que expõe ligação do Twitter ao governo dos EUA

Um programador popular analisou o código fonte do Twitter recém-publicado pela empresa. Entre outros, um dos algoritmos deve ser usado durante eleições presidenciais, para "suprimir a desinformação".
Sputnik
O código fonte do Twitter mostra que o governo dos EUA pode "intervir com o algoritmo" quando "necessário", revelou no sábado (1º) o popular programador Steven Tey, após analisar o código da rede social.
Tey afirmou que o Twitter identificou quatro grupos de usuários diferentes para "rastrear e comparar" com que frequência veem tweets: "power users" ("usuários avançados"), "Democrat users" ("usuários democratas"), "Republican users" ("usuários republicanos") e "Elon Musk".
Ele mostrou até mesmo existir uma classe de código chamada "GovernmentRequested", ou "solicitado pelo governo".
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Segundo Tey, o algoritmo da plataforma é afetado, entre outras coisas, pelas eleições presidenciais. O algoritmo poderia recomendar aos candidatos "suprimir a desinformação" durante os eventos eleitorais.
O programador revelou os resultados de sua análise após o Twitter ter tornado público na sexta-feira (31) público o código fonte de seu algoritmo de recomendação, uma medida previamente prometida por Elon Musk, mesmo antes de se tornar proprietário da empresa.
A suposta estreita relação entre o Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA e a empresa de rede social foi exposta em dezembro de 2022, após o lançamento dos chamados "Twitter Files" ("arquivos do Twitter", em português), documentos internos que foram divulgados à mídia. Eles expuseram a censura da equipe da plataforma a vários tópicos, incluindo a campanha presidencial de 2020 nos EUA, na qual Donald Trump concorreu à reeleição contra Joe Biden.
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