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Na mira do STF: réu por lavagem de dinheiro na Lava Jato acusa Moro e Dallagnol de extorsão

Os atuais parlamentares pelo Paraná foram acusados por Tacla Duran, réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht, de tentativa de extorsão. Após citar os congressistas, Duran foi incluído em programa de proteção de testemunhas.
Sputnik
O advogado acusado de lavagem de dinheiro pela operação Lava Jato, Rodrigo Tacla Duran, em depoimento remoto à Justiça Federal de Curitiba citou o senador Sergio Moro (União Brasil) e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) em um caso de extorsão. De acordo com apuração do G1, o advogado afirma ter sido vítima de suposta extorsão e perseguição no exterior por ter "se negado a colaborar".
Duran, que fala com a justiça brasileira pela primeira vez em sete anos, fez as declarações na audiência de processo em que é réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht.
Após a citação dos parlamentares, o juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal, que assumiu recentemente os processos da operação, encerrou a audiência e pediu que o caso fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que Moro e Dallagnol contam agora com foro privilegiado, portanto o caso só pode ser tratado pelo Supremo.
"Diante da notícia-crime de extorsão, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, deputado Deltan Dallagnol e o senador Sergio Moro [...] encerro a presente audiência para evitar futuro impedimento, sendo certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal", diz trecho do termo de audiência.
Em nota, Moro disse que "não teme qualquer investigação" e disse que "lamenta o uso político de calúnias feitas por criminoso confesso e destituído de credibilidade", afirmando ainda que o réu "faz acusações falsas desde 2017".
Deltan Dallagnol não poupou críticas ao atual juiz da operação via Twitter, dizendo que o caso "é uma história falsa".
Rodrigo Tacla Duran foi preso em Madri em 2016 quando foi alvo de uma das fases da operação Lava Jato. Na ocasião o advogado recorreu à Justiça do país europeu para permanecer na Espanha e passou três meses preso até conseguir sua liberdade provisória. Apesar do pedido de extradição do governo brasileiro, a solicitação acabou sendo revogada por falta de reciprocidade.
Após o depoimento, Duran foi incluído no programa de proteção de testemunhas.
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