"O objeto recentemente encontrado no gasoduto Nord Stream está coberto de limo. Isto se depreende da correspondência entre as autoridades dinamarquesas. O fato de o objeto estar coberto de limo pode ser uma indicação de que o artefato já está no mar há muito tempo", relata o jornal.
Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Rússia havia sugerido à Dinamarca que verificasse a existência de outros explosivos no Nord Stream, mas a resposta foi vaga.
O presidente russo disse que os especialistas da Gazprom que inspecionaram o gasoduto descobriram uma espécie de "pilar" a cerca de 30 quilômetros de distância do local da explosão.
Ele havia sido colocado em um local vulnerável, na junção das tubulações.
Segundo o presidente, os especialistas acreditam que poderia ser uma antena destinada a receber um sinal para acionar um dispositivo explosivo sob o sistema de tubulação.
Como o jornal observa, até agora tem havido muito pouca informação sobre a natureza do "artefato", recentemente encontrado no único gasoduto Nord Stream não danificado.
Por sua vez, um analista da Academia de Defesa dinamarquesa, Wollenschleger Buhl, contatado pelo jornal, afirma que poderia ser uma antena sônica e que também poderia ser uma bomba direcionada, a chamada carga moldada, usada para detonar antigas minas navais.
"Tal bomba poderia ser capaz de perfurar um gasoduto", afirmou.
Segundo a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores Maria Zakharova, o fato de os países do Ocidente se recusarem a trabalhar construtivamente no projeto de resolução, dado recusarem autorizar que a Rússia participe da investigação, é prova de obstrução deliberada ao estabelecimento da verdade.
Os ataques ocorreram simultaneamente em 26 de setembro de 2022 nos dois gasodutos russo-alemães que transportavam gás natural russo para a Europa – o Nord Stream 1 e o Nord Stream 2.
A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia não descartam que tenha sido um ato de sabotagem.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a explosão dos gasodutos foi um óbvio ato de terrorismo.