Panorama internacional

Mercados se preparam para movimento iminente da taxa de juros do Fed nos EUA

Os economistas enfatizam que o Fed (Federal Reserve, ou banco central dos EUA) se encontra entre a cruz e a espada, já que precisa aumentar as taxas de juros para combater a inflação enquanto tenta evitar a escalada da crise bancária.
Sputnik
Os investidores estão esperando que outro aumento de taxa seja anunciado pelo Fed nos EUA. As previsões consensuais compiladas pela Trading Economics e mídia especializada preveem uma alta de 25 pontos base na reunião do Fed. Os dados do mercado mostram que os traders visualizam uma chance de 83% de tal movimento.
Ao mesmo tempo, muitos economistas, incluindo representantes dos principais bancos de Wall Street, retiraram suas previsões de aumento de juros e agora acreditam que o Fed vai fazer uma pausa em março e não deve alterar o custo dos empréstimos.
O mais importante é que o Fed precisa acalmar os mercados financeiros abalados pelo colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e pela aquisição do Credit Suisse pelo seu rival suíço UBS, acrescentaram especialistas.
No entanto, os analistas são céticos quanto a esse tipo de psicoterapia para os mercados financeiros. O chefe da Bianco Research, Jim Bianco, insinuou no Twitter que duvida que as autoridades do Fed tenham a capacidade de acalmar os investidores.
Bernard Baruch (dá um Google nele) disse uma vez que a maioria dos investidores não poderia ganhar dinheiro, mesmo que recebessem o jornal de amanhã. O equivalente mais próximo disso são os funcionários do Fed negociando suas contas pessoais. E muitos deles perderam dinheiro. Tenha isso em mente quando todos lhe disserem que estão tentando "projetar calma" caminhando. Em outras palavras, eles querem "enganá-lo" (também conhecido como "projetar calma") para acreditar que as coisas estão bem. Esse é realmente o plano deles? Quando funcionou antes? (uma dica, nunca).
O colapso do SVB no dia 10 de março, seguido pelas falências dos bancos Signature e Silvergate, juntamente com a crise que envolveu o Credit Suisse na Europa, fez com que outras ações do setor bancário despencassem. Ultimamente, tornou-se evidente que a direção do SVB aguardava o fiasco iminente. Pouco antes do crash, o banco emitiu empréstimos privilegiados por um valor recorde de mais de US$ 219 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão), informou a mídia norte-americana. Esta foi uma tentativa final de lucrar de alguma forma com uma instituição financeira à beira da falência.
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