Panorama internacional

Diplomata: pontos sobre arma nuclear no comunicado conjunto China-Rússia são um sinal direto aos EUA

Os pontos centrais no comunicado conjunto sobre os resultados das negociações entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, relativos à inadmissibilidade de guerra nuclear e à implantação de armas nucleares fora do território nacional são um sinal direto aos EUA, declarou o vice-chanceler russo.
Sputnik

"Não posso deixar de notar que os documentos, assinados após essa visita [do líder chinês], contêm a constatação mais importante sobre a inadmissibilidade de guerra nuclear, incluindo a inadmissibilidade de implantação de armas nucleares fora do território nacional. Este é um sinal direto para os Estados Unidos", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, aos jornalistas.

O vice-chanceler também observou que a Rússia e a China, de fato, lembraram "aos americanos que suas tentativas não só de manter armas nucleares táticas na Europa, mas suas tentativas de modernizá-las – estando estes trabalhos correspondentes em andamento – e aprofundar a integração dentro do bloco da OTAN nesta esfera, realizando ainda mais o chamado de missões nucleares conjuntas, em violação do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares [TNP], e combinando cada vez mais as capacidades nucleares dos aliados dentro da OTAN que as possuem, correspondem ao caminho oposto" de uma solução.
"Os líderes da Federação da Rússia e da China, abordando nossos oponentes estratégicos, estão pedindo um caminho de desescalada, estabilização da situação e um retorno ao diálogo, buscando um equilíbrio de interesses e fortalecendo a estabilidade estratégica", acrescentou Ryabkov.
Na manhã da quarta-feira (22), o presidente chinês Xi Jinping partiu do aeroporto de Moscou, após uma visita de Estado que durou três dias. Durante a visita, foram assinados dois documentos importantes sobre o aprofundamento da parceria estratégica sino-russa e um plano de desenvolvimento de cooperação econômica entre os dois Estados até 2030.
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