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TCU envia auditores a Washington para investigação de contratos militares secretos entre Brasil-EUA

Em viagem autorizada pelo presidente do TCU, Bruno Dantas, auditores vão investigar aquisições militares feitas durante a gestão Bolsonaro, uma vez que há grande quantidade de transações e recusa dos militares em conceder acesso integral ao sistema de compras.
Sputnik
O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a ida de auditores da corte a Washington, nos Estados Unidos, para fazer uma apuração em compras feitas pelos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica no país estrangeiro entre 2018 e 2022.
A última vez que uma auditoria deste tipo aconteceu foi em 1997, relata a coluna de Mônica Bergamo na Folha de São Paulo. O período em que vão ser analisadas as compras corresponde ao momento do governo de Jair Bolsonaro, e no total, cerca de R$ 20 bilhões foram empenhados e pagos pelos militares nesses quatro em vários países.
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Entretanto, segundo um relatório feito por técnicos da corte de contas, parte expressiva do gasto se concentrava no país norte-americano, alvo da auditoria. Lá estão três das cinco comissões das Forças Armadas no exterior. Outras duas ficam na Europa.
A colunista diz que, de acordo com um despacho assinado pelo ministro-substituto Weder de Oliveira, a apuração in loco volta a ser necessária diante da quantidade de transações detectadas e da recusa dos fardados em conceder acesso integral ao sistema de compras.
Ao mesmo tempo, os comandos em Washington teriam justificado o veto a todos os dados apontando a existência de informações sigilosas.
Na prática, a equipe do TCU deve fazer uma inspeção física, realizar entrevistas e verificar, a partir da análise de documentos, se as transações realizadas estão devidamente registradas e se atendem a normas legais, entre outros procedimentos.
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