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'Jogo de espelhos e fumaça': plano britânico de subir gastos com defesa em £ 11 bi recebe críticas

O presidente do Comitê de Seleção de Defesa dos Comuns e o Partido Trabalhista britânicos descreveram os planos de gastos de defesa do Reino Unido como enfraquecendo parte ou a totalidade das forças militares do país.
Sputnik
O Reino Unido vai gastar £ 11 bilhões (R$ 70,01 bilhões) adicionais na área militar até 2027, disse Jeremy Hunt, secretário do Tesouro britânico, em um anúncio que vem sendo criticado como um "jogo de espelhos e fumaça".
Um total de £ 5 bilhões (R$ 70,01 bilhões) desse valor foi acrescentado recentemente por Hunt.
Como Tobias Ellwood, presidente do Comitê de Seleção de Defesa dos Comuns, parte da Câmara dos Comuns britânica, comentou ao jornal britânico Daily Express: "Saúdo o investimento na dissuasão nuclear e o reabastecimento dos estoques de armas, mas quando você retira esse dinheiro, deixa o Ministério da Defesa com cerca de £ 1 bilhão [R$ 6,36 bilhões] por ano, o que é na prática um corte real".
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Segundo ele, após os impostos e os gastos obrigatórios, a redução real é ainda maior, e "nossas forças convencionais são enfraquecidas à medida que as ameaças se aproximam do longe". Uma opinião semelhante foi dada por Kevan Jones, do Partido Trabalhista britânico.
Uma nota informativa para o Comitê de Defesa diz que o comunicado de imprensa do governo indica que "£ 3 bilhões [R$ 19,04 bilhões] serão investidos em todo o empreendimento de defesa nuclear", e "£ 1,9 bilhão [R$ 12,06 bilhões] restante reabastecerá e reforçará nossos estoques de munições para substituir os itens doados à Ucrânia e investir na resiliência da infraestrutura de munições do Reino Unido".
Ao mesmo tempo, a nota concluiu que "os gastos diários [...] devem ser reduzidos em £ 2,6 bilhões [R$ 16,5 bilhões], ou 8%, entre 21/22 e 24/25".
O plano de longo prazo de Londres é de aumentar os gastos militares para 2,5% do PIB, apesar de tal ser menos que os 3% desejados por Ben Wallace, atual secretário de Defesa do Reino Unido, e defendidos previamente pelos premiês Boris Johnson (2019-2022) e Liz Truss (2022).
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