Panorama internacional

Novas informações sobre explosões do Nord Stream desconcertam líderes mundiais

Desde "não sabemos" a "sob bandeira falsa", as informações publicadas recentemente sobre as explosões do gasoduto Nord Stream provocaram diferentes reações dos líderes mundiais.
Sputnik

Organização do Tratado do Atlântico Norte

A Aliança Atlântica não sabe quem explodiu os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 1 e 2), disse o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg numa reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE) na quarta-feira (8).
"Sabemos que houve um ataque aos gasodutos Nord Stream, um ato de sabotagem, mas não fomos capazes de identificar quem esteve por trás disso. Sabemos também que isso confirma a importância de proteger nossa infraestrutura submarina crítica", afirmou.
Ele não respondeu a nenhuma pergunta sobre o assunto durante um mês, desde que a investigação do jornalista norte-americano Seymour Hersh foi revelada, enquanto comentou extensivamente já por duas vezes sobre as publicações nos jornais The New York Times e Die Zeit de 7 de março.
Segundo o artigo de Hersh, divulgado em 8 de fevereiro, os explosivos nos gasodutos foram plantados por especialistas estadunidenses, apoiados por mergulhadores noruegueses, sob a cobertura do exercício BALTOPS 2022 da OTAN, que ocorreu em junho de 2022.
O jornalista acredita que a operação foi realizada sob ordens diretas da Casa Branca.
Ademais, as empresas de gás dos EUA e da Noruega são objetivamente os principais beneficiários da destruição do Nord Stream, uma vez que ela lhes garante um aumento qualitativo nas exportações de seu gás natural liquefeito para a Europa.
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Alemanha e Áustria

Ao mesmo tempo, a ministra das Relações Exteriores alemã Annalena Baerbock disse que o governo alemão vai esperar que a investigação da Procuradoria federal sobre os ataques ao Nord Stream seja terminada antes de tirar conclusões baseadas em reportagens da mídia.
"É claro que estamos acompanhando muito de perto todos os relatórios e conclusões que vêm de várias fontes", disse ela na quarta-feira (8) durante sua visita ao Iraque.
Seu colega, o ministro da Defesa alemão Boris Pistorius, em resposta às reportagens da mídia sobre o assunto não descartou que os ataques à bomba foram uma operação de bandeira falsa.
"Quero ressaltar que também há especulações de que esta poderia ter sido uma operação de bandeira falsa. Esta não seria a primeira vez na história de tais incidentes", disse ele antes de uma reunião informal dos ministros da Defesa da UE em Estocolmo.
A este respeito, Pistorius exortou a que não se tirem conclusões precipitadas.
"Conheço as reportagens sobre esta investigação. Precisamos distinguir claramente se se tratou de um grupo ucraniano, ou seja, por encomenda da Ucrânia, ou se era pró-ucraniano, sem o conhecimento do governo."
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Por sua vez, a ministra da Defesa austríaca Klaudia Tanner também acredita que, antes de se tirar conclusões sobre um "rastro ucraniano", devem ser verificados os dados disponíveis.
"Aqui compartilho a opinião de meus colegas alemães de que devemos primeiro verificar com exatidão o que está por trás disso", disse Tanner na reunião dos ministros na Suécia.
Anteriormente, o New York Times noticiou, com base em dados de inteligência, que um grupo pró-ucraniano teria estado por trás da sabotagem dos gasodutos Nord Stream.
Por sua vez, o jornal alemão Die Zeit escreveu que os vestígios do ataque aos gasodutos levam na direção da Ucrânia.
O porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov chamou as publicações que envolvem a Ucrânia de "operação coordenada de desinformação".
Ele expressou perplexidade quanto à capacidade das autoridades norte-americanas mencionadas nas publicações fazerem suposições sobre ataques terroristas ao Nord Stream sem antes haver uma investigação.
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