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Bloomberg: Ucrânia pede 1 milhão de projéteis à UE e bloco responde que 'dinheiro não cai do céu'

Nesta semana, o bloco europeu está em diálogo com seus países-membros para que um projeto de aquisição conjunta de munição para Kiev seja aprovado, entretanto, chefe da política externa da UE pediu que Ucrânia seja "mais realista".
Sputnik
O ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, exortou seus a União Europeia nesta quarta-feira (8) a apoiar um plano para comprar um milhão de projéteis de artilharia para ajudar Kiev durante o conflito e reabastecer seus próprios estoques.
Reznikov disse que apoia uma proposta da Estônia para que os países da UE se unam para a compra do um milhão de projéteis de 155 milímetros este ano a um custo de € 4 bilhões (R$ 21,6 bilhões).
No caso, o ministro ucraniano disse que seu país queria de 90.000 a 100.000 cartuchos de artilharia por mês. Mas aliados de Kiev já alertaram que a Ucrânia está queimando projéteis em uma quantidade maior do que o possível fluxo de envio de munições, levando a uma busca renovada por munição e maneiras de aumentar a produção.
Após o pedido, o chefe de política externa do bloco europeu, Josep Borrell, disse sobre a declaração do ministro que ela tem que ser "mais realista", segundo a Bloomberg.
"Se os Estados-membros estiverem prontos para fornecer mais, então teremos. Mas hoje sejamos realistas e pragmáticos. Não discuta sobre o infinito, discuta sobre o que pode ser adotado hoje", afirmou Borrell.
Embora pareça haver amplo apoio entre os governos e instituições da UE para um projeto de aquisição conjunta de munição, eles ainda não chegaram a um acordo sobre o tamanho, como deve funcionar, quanto deve custar ou como pagar por isso, relata a mídia.
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Por outro lado, Borrell propôs um plano que usaria dinheiro já alocado para um fundo administrado pela UE, o European Peace Facility (Mecanismos Europeu de apoio à Paz, na tradução).

Para atender às necessidades de curto prazo de Kiev, Borrell propôs oferecer uma taxa de reembolso mais alta do Mecanismo Europeu para os países que enviarem munição de seus próprios estoques para a Ucrânia, a um custo estimado de € 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões).
Questionado sobre o pedido da Estônia por dinheiro novo, Borrell respondeu: "Bem, o dinheiro não vem do céu. Não é porque um Estado-membro afirma que precisamos de mais dinheiro que o dinheiro aparecerá por [um] milagre."
Já o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse que a proposta de munição da UE "é importante e necessária, mas não se pode evitar o fato de que nas próximas semanas e meses teremos que lidar com a escassez".
"Neste momento precisamos encontrar estoques em conjunto e entregar o que pudermos – para fornecer dentro do contexto de nossas próprias capacidades de defesa e as capacidades da aliança", afirmou.
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