Ciência e sociedade

Cientistas estudam diamante achado na Sibéria e pedra preciosa pode ser a mais antiga já encontrada

A mina vulcânica de Udachnaya é um dos dois depósitos de diamantes mais importantes da Rússia e é a terceira mina a céu aberto mais profunda do mundo. De acordo com cientistas, o diamante analisado pode ter mais de 3.500 anos.
Sputnik
Nesta terça-feira (7), científicos siberianos, ao estudarem um diamante na mina vulcânica de Udachnaya, na república da Yakútia, chegaram à conclusão de que pode-se tratar do diamante mais antigo encontrado até agora, informou o jornal Ciência da Sibéria.

"O diamante por nós encontrado é talvez o mais antigo dos estudados até à data", relataram os cientistas, acrescentando que as pesquisas realizadas permitiram concluir que a sua idade é de cerca de 3.600 anos.

O diretor científico do Instituto Sobolev de Geologia e Mineralogia da SS ACR, Nikolai Pojilenko, explicou que os diamantes que se formam em grandes profundidades costumam subir à superfície em cordilheiras vulcânicas.
Portanto, supõe-se que o diamante em questão tenha subido a uma temperatura de 1.400º C e a uma pressão superior a 5,5 gigapascais (GPa) e a uma profundidade de 180 quilômetros.
"O diamante Udachnaya é aparentemente o mais antigo, pelo menos de todos aqueles que o ser humano conseguiu segurar em suas mãos e estudar até hoje", disse Pojilenko.
A mina vulcânica de Udachnaya é um dos dois depósitos de diamantes mais importantes da Rússia. Os geólogos, desde o final da década de 1960, estudam os diamantes encontrados no local que afloraram há milhões de anos, subindo de profundidades de até 250 quilômetros.
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