Panorama internacional

'Mostrar a Biden o dedo do meio': Huawei expande presença em exposição na Espanha apesar das sanções

A empresa chinesa assegurou ter uma posição comercial muito positiva, e que continuará fazendo comércio sem quebrar as sanções dos EUA.
Sputnik
A Huawei conseguiu criar uma montra para si no Congresso Móvel Mundial (MWC, na sigla em inglês) em Barcelona, Espanha, apesar das sanções dos EUA e de muitos outros países ocidentais, escreve na segunda-feira (27) a agência norte-americana Associated Press (AP).
A empresa estatal foi uma das 150 chinesas, das 2.000 de todo o mundo, e mostrou ser a maior no evento. Ela expandiu sua presença em 50% em relação à edição de 2022, apesar de a Huawei, além de outras empresas chinesas, como a ZTE, ter estado sob sanções dos EUA e de vários outros países ocidentais.
Brian Chamberlin, conselheiro executivo do grupo de operadoras sem fio da Huawei, disse durante a exposição que "as sanções tiveram um grande impacto", mas a empresa "não vai tentar quebrar nenhuma dessas regras".
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"Mas, ao mesmo tempo, isso não vai nos atrasar na entrega de inovações, soluções inovadoras. Continuaremos fazendo negócios com empresas e países que querem nosso apoio", acrescentou ele, enquanto John Strand, consultor da indústria de telecomunicações, vê a presença superdimensionada de Huawei na exposição como uma resposta às dificuldades, para "dar a [presidente dos EUA, Joe] Biden o dedo do meio".
"Apesar das sanções americanas, estamos vivos e muitíssimo bem", afirmou Strand.
Foi também notado o efeito positivo do desconfinamento pandêmico na China.
"A remoção das restrições da COVID-19 na China tornou possível a participação desses fabricantes no show em vigor. Todos eles estão interessados em se estabelecer como a 'terceira alternativa' à Apple e à Samsung nos mercados europeus, e veem a MWC como um evento central para fazer isso", explicou Ben Wood, analista principal da CCS Insight.
Como nota a AP, a Huawei tem conseguido manter sua posição de maior fabricadora mundial de hardware de rede, devido ao sucesso no mercado chinês e em países em que Washington não conseguiu persuadir seus respetivos governos a proibir a companhia.
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