Panorama internacional

Na lista de desejos do Japão, míssil Tomahawk dos EUA conseguirá driblar interceptação, diz Kishida

Os mísseis Tomahawk, que o Japão pretende comprar dos Estados Unidos, conseguirão escapar de interceptação, disse o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida em uma audiência parlamentar.
Sputnik
"Os Tomahawk, que nosso país comprará, são os modelos mais novos e que conseguem voar evitando interceptação. Estamos considerando a aquisição deles com base na avaliação [dessas capacidades]", afirmou Kishida.
Na terça-feira (14), o ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada, anunciou os planos das autoridades de assinar um contrato com os Estados Unidos para a compra em massa de mísseis de cruzeiro Tomahawk.
A compra de mísseis será realizada por meio de um sistema de "assistência militar estrangeira", que geralmente é usado no fornecimento de equipamentos de defesa de fabricação americana. As autoridades esperam que o contrato seja assinado no ano fiscal de 2023, que começa em 1º de abril.
Durante a reunião de janeiro com o presidente dos EUA Joe Biden, Fumio Kishida transmitiu a intenção de Tóquio de comprar mísseis de cruzeiro Tomahawk americanos.
Supõe-se que os mísseis Tomahawk devem se tornar parte de um programa para melhorar a capacidade das Forças de Autodefesa japonesas de retaliar bases inimigas. Antes disso, a mídia japonesa informou que o Japão queria comprar até 500 desses mísseis dos Estados Unidos até 2027.
Em meados de dezembro, o Japão adotou três documentos-chave sobre defesa e segurança: "Estratégia de Segurança Nacional", que define as principais direções da política externa no campo da defesa; "Estratégia de Defesa Nacional", que define os objetivos e meios de defesa; e o "Plano de Capacidade de Defesa", que define os custos totais de defesa e a escala de armas. Foi escrito nos documentos que o Japão aceitaria se equipar com mísseis Tomahawk até o ano fiscal de 2026.
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Os documentos também indicam um aumento nos gastos com defesa do Japão para 2% do produto interno bruto (PIB) até 2027. Isso é cerca de 11 trilhões de ienes (R$ 420 bilhões). Os gastos militares no atual ano fiscal de 2022 (finalizado em 31 de março de 2023) totalizaram 5,4 trilhões de ienes (R$ 207 bilhões), aproximadamente 1,24% do PIB.
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