Panorama internacional

Israel desdenha de critica dos EUA e Europa sobre legalização de assentamentos: 'Queremos mais'

Os comentários do ministro da Segurança Nacional israelense vão contra os apelos internacionais para uma redução da tensão entre o Estado judeu e os palestinos, após meses de violência na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém.
Sputnik
Nesta terça-feira (14), os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Itália emitiram uma declaração conjunta condenando Tel Aviv por conceder autorização retroativa a nove postos avançados de colonos judeus na Cisjordânia ocupada e o anunciou de construção em massa de novas casas em assentamentos estabelecidos.
"Nos opomos fortemente a ações unilaterais que servirão apenas para exacerbar as tensões entre israelenses e palestinos e minar os esforços para alcançar uma solução negociada de dois Estados", disseram as nações em comunicado, acrescentando que estavam "profundamente preocupados" com a ação.
Entretanto, segundo o The Times of Israel, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, respondeu com desdém à declaração conjunta e disse querer muito mais postos legalizados.

"Parem de se preocupar. Este é o nosso objetivo, esta é a nossa posição. Nove [postos avançados] é bom, mas não é suficiente. Queremos muito mais [...] A terra de Israel pertence ao povo de Israel", afirmou Bem Gvir citado pela mídia.

O ministro, mencionado pela mídia como sendo de extrema direita, também está no centro de discussões de organismos internacionais após dizer que pretende flexibilizar leis para que civis israelenses tenham acesso mais fácil a armas.
No último dia 4, as Nações Unidas criticou as medidas recentes tomadas pelo governo israelense e afirmou que as mesmas estão apenas "alimentando mais violações e abusos da lei de direitos humanos".
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ONU critica plano israelense de facilitar posse de armas para civis: 'Medida trará mais abusos'
No começo de janeiro, durante Conselho de Segurança da ONU, Moscou criticou os Estados Unidos por sua falta de esforços para buscar a paz entre Israel e Palestina, conforme noticiado.
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