Panorama internacional

Mídia relata conflito no governo ucraniano sobre possível reorganização do Ministério da Defesa

Um conflito está eclodindo entre o chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Andrei Yermak, e o presidente parlamentar do partido Servo do Povo na Suprema Rada (parlamento ucraniano), David Arakhamia.
Sputnik
O conflito surgiu diante de rumores sobre possível nomeação de Kirill Budanov, chefe da inteligência militar, para substituir Aleksei Reznikov como ministro da Defesa, escreve a edição ucraniana Strana.ua.
Anteriormente, Arakhamia disse que Reznikov será transferido do cargo de ministro da Defesa da Ucrânia para o cargo de ministro das Indústrias Estratégicas, ficando o chefe da Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia no cargo dele. O próprio Reznikov disse que esta foi a primeira vez que ouviu falar sobre isso e que era improvável que aceitasse o cargo.
"No governo ucraniano um conflito interno agudo surge entre o presidente parlamentar do partido Servo do Povo, David Arakhamia, e o chefe do gabinete do presidente, Andrei Yermak", escreveu Strana.ua, citando fontes próximas do gabinete do presidente ucraniano e do partido Servo do Povo.
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De acordo com as fontes, o conflito apareceu há muito tempo e eclodiu após Arakhamia, em uma sessão partidária do Servo do Povo, ter decidido substituir Reznikov por Budanov.
"Reznikov é a pessoa mais próxima de confiança de Yermak. Budanov não é do time de Yermak. É um canal alternativo a Yermak para a comunicação direta com o presidente. Por isso a dispensa dele é um golpe muito doloroso em Yermak. E seu conflito com Arakhamia tornou-se o mais duro possível", escreve Strana.ua, citando uma fonte na Suprema Rada.
Os interlocutores da edição não excluem que na votação no parlamento – depois disso o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, ainda deve afirmar a decisão – os votos para a dispensa de Reznikov podem não ser suficientes.
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"Muitos apontam uma razão formal – Budanov não pode assumir o cargo de ministro da Defesa porque, por lei, o ministro deve ser um civil. Ou seja, o major-general Budanov deveria abdicar do cargo militar. Mas este não é um processo rápido. E o Ministério da Defesa não deve ser deixado sem cabeça em tempo de guerra – tal argumento é apresentado. Também dizem que a culpa de Reznikov nos últimos escândalos de corrupção não foi provada e não é possível afastar o ministro da Defesa com base em publicações midiáticas", nota a fonte.
Em sua opinião, a verdadeira razão pela qual o parlamento pode não apoiar o afastamento de Reznikov é a relutância de Yermak em "desistir de seu homem".
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