Panorama internacional

ONU critica plano israelense de facilitar posse de armas para civis: 'Medida trará mais abusos'

A maioria dos ataques terroristas ocorre na Cisjordânia ocupada, onde os civis já podem solicitar uma licença. Atualmente, cerca de 13% das licenças de armas em Israel são baseadas em critérios de residência ou local de trabalho.
Sputnik
Na sexta-feira (4), o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu o fim da "ilógica da escalada" entre Israel e os palestinos em meio a um aumento na violência mortal com os últimos ataques, criticando os planos para simplificar e facilitar os requisitos para o porte de armas dos israelenses.
Turk condenou Tel Aviv por medidas que "só podem levar a mais violência e derramamento de sangue", segundo o The Times of Israel.
"Medidas recentes tomadas pelo governo de Israel estão apenas alimentando mais violações e abusos da lei de direitos humanos. Sabemos por experiência que a proliferação de armas de fogo aumentará os riscos de mortes e ferimentos de israelenses e palestinos", disse o alto comissário citado pela mídia.
A autoridade se refere ao plano do ministro de Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, para aumentar o número de licenças de armas para civis.

"Quero armas nas ruas. Quero que os cidadãos israelenses possam se proteger", afirmou Bem-Gvir conforme noticiado.

O ministro foi criticado por brandir sua arma de fogo no ano passado, enquanto se agachava atrás de um veículo estacionado durante confrontos . Em 2021, Bem-Gvir sacou sua arma durante uma briga com seguranças árabes ao estacionar em uma vaga proibida em Tel Aviv, relata a mídia.
Panorama internacional
Israel é responsável pelo ataque de drone em Isfahan, diz enviado do Irã à ONU
Em sua declaração, Turk também instou "todos aqueles que ocupam cargos públicos ou outros cargos de autoridade, na verdade todos, devem parar de usar linguagem que incite o ódio do 'outro'".
Ele acrescentou que outras medidas anunciadas por Israel em resposta ao ataque a Jerusalém, incluindo "despejos forçados punitivos e demolições de casas" podem equivaler a "punição coletiva".
Comentar