A construção de um parque eólico de 155 MW deve começar em Mpumalanga, o coração da produção de carvão da África do Sul, de acordo com a empresa de carvão Seriti Resources.
O projeto representa o maior parque eólico do país, cujo posto é ocupado no momento pelo Parque Eólico Roggeveld, que produz 147 MW.
A construção do parque eólico deve levar cerca de dois anos e foi planejada em conformidade com um Contrato de Compra de Energia (PPA) de longo prazo com a subsidiária de energia verde da Seriti Resources, Seriti Green, no fornecimento de eletricidade para as operações de mineração da empresa.
"O PPA é o primeiro passo na jornada da Seriti Resources rumo à neutralidade de carbono. Mais do que isso, a adição de 155 MW de energia renovável à rede nacional em apenas dois anos contribuirá para aliviar as restrições energéticas da Eskom", disse o CEO da Seriti Resources, Mike Teke.
O parque eólico de 155 MW é a primeira parte de um projeto maior projetado para criar um cluster de energia renovável de 900 MW chamado Ummbila Emoyeni. O cluster vai consistir em instalações de energia eólica de 750 MW e 150 MW em usinas solares.
O parque eólico de 155 MW sozinho poderia abastecer cerca de 165.000 residências sul-africanas médias por ano, disse Mike Teke.
O produtor de carvão diz que já recebeu permissão oficial do Departamento Sul-Africano de Florestas, Pescas e Meio Ambiente para iniciar a construção.
No início de outubro de 2021, a Seriti Resources assinou um Memorando de Entendimento conjunto com a estatal Eskom e outra empresa privada de mineração de carvão Exxaro, enfatizando sua aspiração de desenvolver projetos de energia renovável e reduzir sua pegada de carbono.
O governo sul-africano está interessado em reduzir as emissões de carbono para cumprir seus compromissos sob o Acordo de Paris de 2015, projetado para reduzir o efeito da matriz energética nas mudanças climáticas.
"A mudança climática é uma realidade e estamos orgulhosos de fazer parte da solução para reduzir as emissões de carbono por meio de energia renovável, estável e econômica", disse o CEO da Seriti Green, Peter Venn.
A partir de agora, a África do Sul gera eletricidade principalmente a partir do carvão, com apenas 10,5% da eletricidade proveniente de fontes de energia renováveis, segundo dados de 2020.