Operação militar especial russa

Human Rights Watch diz que Ucrânia 'espalhou minas terrestres extensamente' e pede investigação

Organização voltada para os direitos humanos disse que realizou pesquisas em Izyum entre 19 de setembro e 9 de outubro, entrevistando mais de 100 pessoas, incluindo testemunhas do uso de minas terrestres, vítimas, socorristas, médicos e desminadores ucranianos.
Sputnik
Nesta terça-feira (31), o grupo de defesa Human Rights Watch pediu à Ucrânia que investigue as acusações de que seus militares usaram milhares de minas terrestres antipessoal disparadas por foguetes dentro e ao redor da cidade oriental de Izyum quando forças russas chegaram à área.

"As forças ucranianas parecem ter espalhado extensamente minas terrestres pela área de Izium, causando baixas civis e representando um risco contínuo", disse Steve Goose, diretor da Divisão de Armas da Human Rights Watch citado pela Reuters.

A organização também disse que o uso de minas antipessoal viola o direito humanitário internacional porque os dispositivos não podem discriminar entre civis e combatentes. A Ucrânia é parte da Convenção de 1997 sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoal e sobre sua Destruição, também conhecida como Tratado de Ottawa.
Em uma carta datada de 24 de novembro do ano passado, o vice-ministro da Defesa ucraniano, Aleksandr Polishchuk, disse que Kiev se compromete totalmente com todas as obrigações internacionais na esfera do uso de minas, incluindo "o não uso de minas antipessoal na guerra."
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Entretanto, a Human Rights Watch disse que Polishchuk não respondeu a nenhuma de suas perguntas específicas sobre o uso de minas em Izyum e arredores. A organização observou que "informações sobre os tipos de armas usadas pela Ucrânia [...] não devem ser comentadas antes do fim da guerra", relata a mídia.
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