Panorama internacional

Rússia mostra ser possível negociar sem uso de dólar, diz congressista dos EUA

A Rússia, mesmo enfrentando pesadas sanções ocidentais, demostra ao mundo inteiro que nem a amizade com os EUA, nem o dólar, que corre o risco de perder seu status de moeda mundial, são necessários para o comércio e a prosperidade, escreveu a congressista Marjorie Taylor Greene no Twitter.
Sputnik

"[O conflito na Ucrânia] [...] pode fazer com que o dólar deixe de ser uma moeda mundial. Devido à nossa própria autoconfiança e 'à luta para salvar a democracia' na Ucrânia, que não faz parte da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], a Rússia sob o peso de pesadas sanções ocidentais prova ao mundo inteiro que não precisa de dólares americanos ou amizade para negociar e prosperar", escreveu Taylor Greene.

Ela sugeriu que a "guerra indireta" dos Estados Unidos com a Rússia na Ucrânia beneficia mais a China, e pediu para Washington parar o conflito.
"Novas alianças estão sendo formadas entre Rússia, China, Irã e muitos outros, inclusive a organização dos Países Exportadores de Petróleo [OPEP]. A China quer se tornar uma superpotência militar e econômica definitiva, e pode ser tarde para derrubá-la dessa trajetória", sugeriu a política.
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A opinião de Taylor Greene não é popular em Washington, onde, segundo ela, "os incendiários continuam a apostar na derrota da Rússia por todos os meios e a qualquer valor".
"Hoje, a China é a potência militar que mais cresce na história mundial e estamos drenando recursos à beira de uma terceira guerra mundial com a Rússia. Os Estados Unidos, a Rússia e a Ucrânia estão todos condenados a menos que todos olhemos para dentro e trabalhemos em nossos erros. Se não, todos nós perdemos e a China ganha", escreveu ela.
No contexto da operação militar especial russa na Ucrânia, os Estados Unidos e aliados da OTAN estão apoiando Kiev, enviando-lhe armas no valor de dezenas de bilhões de dólares. Moscou, por sua vez, disse repetidamente que o fornecimento de armas ocidentais apenas prolonga o conflito, e o transporte de armas se torna um alvo legítimo do Exército russo.
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