Panorama internacional

'Precisamos enfrentar a Rússia diretamente', sugere Defesa do Reino Unido

O mundo está mudando, e é necessário que o Reino Unido esteja pronto para responder diretamente à Rússia, disse um alto responsável britânico em entrevista à mídia.
Sputnik
O Reino Unido está envolvido no conflito ucraniano e deveria "enfrentar a Rússia diretamente", disse nesta segunda-feira (30) Tobias Ellwood, chefe do Comitê de Defesa britânico.
"Agora estamos em guerra na Europa, precisamos entrar em pé de guerra, estamos envolvidos nisso, mobilizamos nossos processos de aquisição, estamos doando equipamentos [para a Ucrânia]. Precisamos enfrentar a Rússia diretamente, em vez de deixar a Ucrânia fazer todo o trabalho", declarou ele em entrevista à emissora britânica Sky News.
Ellwood sublinhou que o governo britânico deve "reconhecer que o mundo está mudando" e fornecer financiamento apropriado para os militares.
"Se vemos que a Rússia quer fazer mais coisas no Báltico, por exemplo, haverá uma expectativa, na realidade, antecipação de que participaríamos disso. Isso também requer forças terrestres, aéreas e marítimas", afirmou ele.

Potencial britânico

O legislador instou Londres a revogar uma decisão anterior de reduzir o tamanho das Forças Armadas do país em 10.000 soldados, e aumentar os gastos da defesa, em particular, para modernizar unidades terrestres, que reconhece estarem em "péssimo estado".
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"Você tem três componentes principais para a guerra terrestre, isto é seu tanque, seu tanque de batalha principal, seu veículo blindado de combate e seu veículo de reconhecimento. E em nosso caso, você tem o Challenger 2, você tem o Warrior, e você tem a Scimitar, e todos eles têm mais de 20, 30 ou 50 anos de idade, sem nenhuma atualização", disse ele.
O chefe do Comitê de Defesa do Reino Unido disse que o país fez "enormes investimentos" ao longo dos anos para desenvolver suas capacidades marítimas, construir porta-aviões, e fornecer mais caças, mas o número de tanques se reduziu em muito, de 900 tanques há vários anos para 148 agora, algo que considerou preocupante.
É necessário assim não apenas investir em indústrias emergentes, como a cibersegurança e o espaço, mas também fazê-lo sem comprometer as forças terrestres dos militares, acrescentou ele.
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