Ciência e sociedade

'Lado escuro' da química do gelo pré-estelar é revelado pelo telescópio Webb (FOTO)

Uma equipe internacional de astrônomos analisou os gelos mais profundos e frios já registrados em uma nuvem molecular.
Sputnik
Durante o estudo, a equipe identificou formas congeladas de uma ampla gama de moléculas, como o sulfeto de carbonila, amônia e metano, moléculas orgânicas complexas, ou as mais simples, entre as quais o metanol.
Apesar de esta descrição soar contraditória, as moléculas orgânicas do meio interestelar são consideradas complexas quando têm pelo menos seis átomos, como o metanol.
Esta imagem representa a região central da nuvem molecular escura de Camaleão I, que se encontra a 630 anos-luz de distância. O material frio e suave das nuvens (em azul, ao centro) está iluminado no infravermelho pelo brilho da jovem protoestrela Ced 110 IRS 4 (em laranja, à esquerda). A luz de inúmeras estrelas no fundo é vista na cor alaranjada atrás da nuvem
Este é o estudo mais completo da composição dos gelos disponíveis para a criação de futuras gerações de estrelas e planetas, antes de seu aquecimento durante a formação das estrelas jovens.
Os resultados mostram a etapa química inicial da formação de gelo nos grãos de poeira interestelar, que crescem até se converterem em pedras do tamanho de um centímetro, a partir das quais se formam os planetas.
Inventário dos gelos mais profundamente integrados em uma nuvem molecular fria
De acordo com a astrônoma Melissa McClure do Observatório de Leiden, nos Países Baixos, estas observações abrem uma nova oportunidade para conhecer as vias de formação das moléculas simples e complexas necessárias para criar os componentes básicos da vida.
Além disso, o estudo demonstra pela primeira vez que as moléculas complexas são formadas nas profundezas geladas das nuvens moleculares antes do nascimento das estrelas.
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