Panorama internacional

Pequim insta EUA a explicar 'ao povo sírio e aos demais países' sobre saques de petróleo na Síria

Os militares norte-americanos controlam territórios no norte e nordeste sírio, nas províncias de Deir ez-Zor, Al-Hasakah e Raqqa, onde estão localizados os maiores campos de petróleo e gás da Síria.
Sputnik
Na terça-feira (17), o Ministério das Relações Exteriores da China, através do porta-voz Wang Wenbin, pediu aos Estados Unidos que esclarecessem o saque de petróleo bruto na Síria, e que dessem explicação "ao povo sírio e à comunidade internacional" sobre o roubo do combustível na região.
"Os saques americanos estão exacerbando a crise energética e a catástrofe humanitária na Síria, os Estados Unidos estão invadindo impiedosamente o direito à vida do povo. Nas trágicas circunstâncias de escassez de petróleo e alimentos, o inverno para o povo sírio pode ficar ainda mais frio", afirmou Wang.
No início de janeiro, a agência síria SANA informou que os militares estadunidenses haviam levado 60 caminhões de petróleo e trigo da Síria para o Iraque.
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O porta-voz chinês observou que o governo norte-americano é extremamente ganancioso em saquear recursos sírios, mas é muito generoso em fornecer bilhões de dólares em assistência militar a outros países.
"[…] No entanto, independentemente de os EUA 'pegarem' ou 'desistirem', o resultado é sempre o mesmo: mergulhar outros países na instabilidade e no desastre para proteger seus próprios interesses e hegemonia, [essa] é uma realidade criada pela chamada ordem internacional com base nas regras de Washington", enfatizou.
Mais cedo, o chanceler sírio, Faisal Mikdad, denunciou que os prejuízos nos setores de petróleo e gás do país, de 2011 a 2022, somaram US$ 107 bilhões (R$ 549 bilhões), e Damasco exige que sejam compensados.
Damasco descreveu repetidamente a presença dos militares dos EUA em seu território como "ocupação" e classificou o roubo de petróleo dos campos como atos de "pirataria estatal".
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