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Bolsonaro se isola, troca número de telefone e não envia novo contato a aliados, diz mídia

Além do isolamento, após os atos violentos, há um desgaste político. Até o último domingo (8), Bolsonaro era visto por seu partido, PL, como pré-candidato à presidência em 2026, mas agora, possívelmente, sua candidatura pode ser inviabilizada.
Sputnik
Após o episódio das invasões de manifestantes bolsonaristas aos prédios dos três Poderes em Brasília receber tratamento dinâmico e severo por parte do Judiciário e do governo federal para identificar e punir quem está envolvido no caso, aliados do ex-presidente, Jair Bolsonaro, relatam que o ex-mandatário se encontra abatido e isolado.
Bolsonaro, que está nos EUA desde o dia 30 de dezembro, anda recluso e diminuiu até mesmo os contatos por WhatsApp, seu aplicativo preferido e de uso mais recorrente. Além disso, segundo eles, o ex-presidente mudou de número de telefone recentemente e não enviou o novo a pessoas com quem mantinha contato permanente, relata o Globo.
Ontem (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu o ex-presidente na investigação de responsáveis pelas invasões bolsonaristas, o que teria aumentando a tensão.
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Em um curto intervalo de tempo, Bolsonaro recebeu notícias que amplificam a dificuldade de sua posição, como a mencionada acima e a descoberta do esboço de um decreto que permitiria ao ex-presidente fazer uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e suspender os poderes de ministros da Corte. A minuta foi encontrada na casa de Anderson Torres, seu ex-ministro da Justiça e um de seus parceiros mais próximos, o qual foi preso hoje (14).
A mídia escreve que, na avaliação de ex-integrantes do governo passado, os ataques violentos e a descoberta da minuta atingem Bolsonaro em diferentes frentes. Para eles, tais acontecimentos legitimam as decisões do ministro do STF, Alexandre de Moraes, inclusive as mais enérgicas, contra o ex-presidente e personagens da órbita dele.
Vale lembrar que Moraes era alvo frequente de ameaças e até xingamentos de Bolsonaro em diversos discursos do ex-presidente para população.
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Em ato na Av. Paulista, Bolsonaro ameaça ministro: 'Sai Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha'
A defesa do ex-presidente, no entanto, emitiu uma nota para afirmar que Bolsonaro "sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos" e agiu como "defensor da Constituição e da democracia", acrescentando que ele "jamais teve qualquer relação ou participação nesses movimentos sociais espontâneos realizados pela população".
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