Panorama internacional

Parlamento Europeu se reunirá para denunciar ações de Bolsonaro e votar texto contra atos no Brasil

Em uma proposta iniciada pela eurodeputada alemã Anna Cavazzini, os principais partidos políticos da Europa entraram em acordo para colocar na agenda do Parlamento Europeu a situação brasileira.
Sputnik
O debate sobre as invasões no DF ocorridas no último domingo (8) acontecerá no dia 19 de janeiro. A reunião terá dois objetivos: redigir uma resolução para ser votada com intuito de condenar os ataques e promover uma discussão em torno das políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro e "sua ação em incentivar o ódio", relata o colunista Jammil Chade do UOL.
"Saudamos os esforços contínuos para investigar os responsáveis pelos ataques à democracia brasileira e pelos atos de vandalismo contra a propriedade pública e o patrimônio histórico nacional [...] A UE reitera sua confiança na democracia do Brasil e na força de suas instituições. Nossa convicção é que elas prevalecerão sobre a violência e o extremismo", afirmou o bloco europeu em nota citada pela coluna.
A UE chamou os eventos de domingo de "motins e um ataque aberto contra as instituições democráticas do país", além de qualificar os atos como "vandalismo" diante da posse do "presidente democraticamente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva".
"A UE lembra que o exercício dos direitos e liberdades democráticas deve ocorrer com respeito à Constituição e às instituições democraticamente eleitas. As diferenças políticas não podem justificar atos criminosos ou colocar em questão os resultados de eleições democráticas", afirma outra parte do comunicado do bloco.
No Brasil, o gesto europeu de confiança nas instituições nacionais também segue o esforço do Itamaraty de dar uma mensagem de que o país conta com mecanismos para lidar com a crise e que não há um risco, nem para o governo e nem para a democracia, relata o jornalista.
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"Expressamos nossa solidariedade ao presidente Lula e às instituições brasileiras em sua defesa da democracia, e apoiamos as medidas adotadas para restaurar a ordem e o respeito ao Estado de Direito", complementou o texto da nota.
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