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Coletes amarelos voltam às ruas na França para barrar reforma da Previdência de Macron

Após o presidente da França, Emmanuel Macron, prometer aprovar, até o mês de julho, uma reforma da Previdência, o movimento coletes amarelos prometeu resistência nas ruas.
Sputnik
Embora os detalhes sobre o projeto previdenciário de Macron devam ser divulgados na próxima semana, a imprensa francesa aponta que a reforma aumentará a idade mínima de aposentadoria, dos atuais 62 anos para 64 ou 65 anos.
A reforma, que é rejeitada por dois terços da população e diversas organizações sindicais de trabalhadores do país, sinaliza meses de protestos pela frente, escreve a Rádio França Internacional.
A primeira manifestação dos coletes amarelos ocorrerá neste sábado (7), em protesto, também, contra o aumento dos custos da energia, dos combustíveis e da inflação. Chamados para passeatas em Paris e outras cidades francesas estão sendo mobilizados nas redes sociais.
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Segundo a imprensa francesa, "a rejeição massiva dos franceses à reforma da Previdência tem múltiplas razões", como as condições de vida mais difíceis ante ao crescimento progressivo da inflação.
O principal argumento de resistência à reforma é a dificuldade de manter o emprego depois dos 55 anos. O próprio Ministério do Trabalho admite que só a metade das pessoas na faixa etária de 55 a 64 anos permanece empregada na França.
Para contornar a situação, o ministro do Trabalho, Olivier Dussopt, cogitou obrigar as empresas a publicar anualmente o número de pessoas que mantêm empregadas com mais de 55 anos.
Diversas cidades francesas, assim como o Reino Unido, conviveram com greves nos últimos meses. Em dezembro, os ferroviários de Paris paralisaram atividades no fim de semana do Natal.
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